Sindicatos e administração da Eletricidade dos Açores chegam a acordo

 Os sindicatos e a administração da empresa Eletricidade dos Açores (EDA) chegaram esta terça-feira a acordo sobre o valor do aumento salarial em 2025, pelo que a greve prevista para 02 de junho foi desconvocada, revelaram os dirigentes sindicais.

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Lusa
27/05/2025 19:57 ‧ ontem por Lusa

Economia

Açores

Depois de várias reuniões e propostas, foi aceite um aumento salarial de 3,5%, com um valor mínimo de 53 euros por mês.

 

Os trabalhadores, que saíram à rua duas vezes em protesto, reivindicavam, na última proposta, um aumento de 4%.

Apesar de ter mantido a percentagem de 3,5%, a empresa aumentou o valor mínimo do aumento de 47 para 53 euros, como exigiam os trabalhadores.

"Nós conseguimos pelo menos o valor mínimo de 53 euros de aumento salarial, o valor da evolução do ordenado mínimo, e a percentagem de 3,5%", afirmou, em declarações à Lusa, o coordenador do Sindicato das Indústrias Elétricas do Sul e Ilhas (SIESI) Rui Medeiros.

Segundo o dirigente sindical, a maioria dos associados do SIESI aceitou a proposta, mas a decisão não foi consensual, porque alguns trabalhadores entendiam que o aumento deveria ser de 4%.

"Houve um esforço da parte da administração que os trabalhadores vieram a reconhecer e nós aceitamos, mas o justo não seria esse o valor", apontou.

Pelo Sindicato Nacional da Indústria e da Energia (SINDEL), o dirigente António Melo disse que os associados aceitaram a proposta "em prol da paz social", mas deixou um alerta à administração e aos acionistas de que nas próximas negociações insistirão em dois pontos essenciais.

Por um lado, defendeu, "os sindicatos não podem permitir, nem vão permitir, que algum dia o salário mínimo seja o salário de entrada na empresa".

Por outro lado, tem de haver uma convergência com as remunerações do setor da energia no continente.

"Essa convergência tem de ser feita, de forma gradual, mas tem de ser feita, e não é com valores percentuais abaixo de 1% que se consegue fazer essa convergência", assinalou.

Segundo o sindicato, os trabalhadores da EDP e da Empresa de Eletricidade da Madeira têm vencimentos entre 30 a 40% acima dos pagos na EDA.

"A Eletricidade da Madeira recuperou em relação ao setor nacional com 2% de ganho ao ano. Além da negociação, automaticamente tinham 2%. Nós temos conseguido fazer alguma convergência, mas ainda estamos muito longe da recuperação que a Eletricidade da Madeira fez em cinco anos", insistiu António Melo.

Os sindicatos tinham convocado uma greve às horas extraordinárias e deslocações a partir de 02 de junho, que já foi cancelada.

Leia Também: Relatório final sobre o apagão pode chegar em seis meses, diz ministra

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