Assim, de acordo com a nota, os planos passam por "separar gradualmente todos os segmentos de negócio da Thyssenkrupp e abri-los ao investimento de terceiros", sendo que "com a cisão iniciada de uma participação minoritária na Thyssenkrupp Marine Systems e a planeada 'joint-venture' 50/50 entre a Thyssenkrupp Steel Europe e a EPG, já foram dados passos importantes nesta direção".
Segundo o grupo, "nos próximos anos, os segmentos Materials Services e Automotive Technology deverão também preparar-se para os mercados de capitais e tornar-se independentes, logo que estejam reunidas as condições prévias necessárias".
A empresa lembrou ainda o "recém-criado segmento Decarbon Technologies", sendo que, "com exceção da projetada empresa comum no setor do aço, a Thyssenkrupp AG pretende manter o controlo das áreas de negócio quando estas estiverem prontas para o mercado de capitais".
A empresa pretende "formar um grupo industrial focado, ágil e realinhado: a Thyssenkrupp AG como holding estratégica".
Entretanto, o Governo alemão disse estar a acompanhar a situação.
"O governo e o chanceler, pessoalmente, estão a acompanhar de perto a situação e os relatos da imprensa e estão em constante diálogo com todas as partes envolvidas", disse hoje Steffen Meyer, porta-voz adjunto do governo de Friedrich Merz, citado pela EFE.
No entanto, acrescentou, não podia comentar nesta fase "quaisquer decisões comerciais possíveis ou iminentes".
O antigo chanceler alemão Olaf Scholz não excluiu, em dezembro passado, a possibilidade de um resgate da divisão siderúrgica da Thyssenkrupp, que anunciou, um mês antes, a sua intenção de suprimir ou deslocalizar 11.000 de um total de 27.000 postos de trabalho até 2030 e de encerrar a fábrica de Kreuztal-Eichen.
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