Duas portuguesas sobem 8 lugares entre 250 maiores retalhistas mundiais

As portuguesas Jerónimo Martins e Sonae subiram oito lugares, para as 37.ª e 138.ª posições, no 'ranking' das 250 maiores empresas de retalho do mundo, cujas receitas no ano fiscal de 2023 ultrapassaram os seis biliões de dólares.

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Lusa
08/05/2025 13:11 ‧ há 4 horas por Lusa

Economia

Deloitte

 

 

Elaborada pela Deloitte e hoje divulgada, a última edição do "Global Powers of Retailing" é liderada pela norte-americana Walmart, com receitas de retalho de aproximadamente 650.000 milhões de dólares (575.795 milhões de euros) e um crescimento de 6% em relação ao ano anterior.

Seguem-se as também norte-americanas Amazon.com, com receitas de quase 252.000 milhões de dólares (cerca de 223.210 milhões de euros), e Costco, com vendas de cerca de 240.000 milhões de dólares (cerca de 212.580 milhões de euros).

Segundo o estudo, quase um terço das receitas de retalho destas três empresas provém de operações no estrangeiro: 31,8% no caso da Walmart, 31,2% no caso da Amazon.com e 27,1% no caso da Costco.

A Jerónimo Martins e a Sonae são as duas únicas empresas portuguesas presentes no 'ranking' dos 250 maiores retalhistas mundiais.

A dona do Pingo Doce surge na 37.ª posição, subindo oito lugares face à anterior edição do 'ranking', com um crescimento de 20,6% e receitas consolidadas de mais 33.000 milhões de dólares (cerca de 29.230 milhões de euros).

Já a Sonae sobe também oito posições, para o 138.º lugar, com um crescimento de 8,9%, e receitas consolidadas de 9.134 milhões de dólares (8.090 milhões de euros).

As conclusões do estudo apontam que as 250 maiores empresas de retalho a nível mundial geraram um total de mais de seis biliões de dólares (mais de 5,3 biliões de euros) em receitas no ano fiscal de 2023 (exercícios fiscais encerrados em 30 de junho de 2024), o que representa um aumento de 3,6% face ao período anterior.

Apesar do crescimento, trata-se da evolução mais baixa registada em mais de 10 anos.

O 'top' 10 dos retalhistas, que em conjunto têm uma participação de 34,9% das receitas totais (mais de dois biliões de dólares ou 1,772 biliões de euros), registaram um aumento de 4,9% em relação ao ano anterior.

Destas 10 empresas, sete são norte-americanas, duas alemãs (grupo Schwarz e Aldi) e uma chinesa: a JD.com, uma das principais empresas do mercado de comércio eletrónico na China.

O setor "diversificado" foi o que mais aumentou a sua preponderância (8,3%), seguido do "vestuário e acessórios" (7,9%), "artigos de desporto e lazer" (6,7%) e "bens de consumo rápido" (5,6%).

Citado num comunicado, o 'partner' e líder da indústria de Consumer da Deloitte, João Paulo Domingos, afirma que "os últimos anos têm sido desafiadores para os retalhistas devido a pressões inflacionistas, à maior cautela por parte dos consumidores, aos avanços tecnológicos e à instabilidade geopolítica".

Fatores que, sublinha, "levaram a um crescimento mais moderado dos principais retalhistas em comparação com períodos anteriores".

Além de apresentar um retrato do setor do comércio retalhista, grossista e de distribuição, o "Global Powers of Retailing 2025" destaca algumas das tendências da indústria e as estratégias utilizadas pelos líderes empresariais.

Segundo refere, o setor está a passar por uma transformação significativa devido a vários fatores-chave, entre os quais a necessidade de eficiência operacional, a incorporação de tecnologia de ponta, um foco contínuo na sustentabilidade e a procura de fontes de receita alternativas.

"As empresas de retalho estão a navegar num ambiente económico volátil, tornando a rentabilidade um objetivo que exige um planeamento estratégico complexo e flexibilidade", diz, notando que "os principais retalhistas estão cautelosos quanto às suas previsões económicas, o que reflete o impacto da incerteza económica no setor".

Tendo por base uma previsão para o crescimento global a cinco anos que é "a mais baixa das últimas décadas", de 3,1%, prevê que os retalhistas "continuarão, provavelmente, a enfrentar uma procura mais moderada".

"Para se manterem competitivas, as empresas de retalho estão a começar a aproveitar os seus ativos existentes para gerar novas fontes de receitas, com os dados dos clientes a tornarem-se um recurso particularmente valioso neste sentido. Quando combinados com oportunidades de publicidade no ponto de venda, estes dados criam um potencial de crescimento substancial para as vendas", conclui.

Leia Também: Bruxelas propõe tarifas aos EUA de 95.000 milhões (e prepara litígio)

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