Em comunicado, a associação alerta que "o flagelo dos incêndios tem provocado cancelamentos de reservas e encerramentos de empresas, com quebras significativas na taxa de ocupação no alojamento e redução da procura em toda a atividade turística, comprometendo de forma séria a sustentabilidade dos negócios e dos postos de trabalho".
A AHRESP refere ainda que, em reunião com o secretário de Estado do Turismo, Comércio e Serviços, Pedro Machado, apresentou "propostas objetivas que permitem compensar as perdas já registadas e mitigar impactos futuros", defendendo que "dada a especificidade destas perdas, os apoios devem assumir uma forte componente a fundo perdido, garantindo liquidez imediata às empresas".
A associação não detalha as medidas apresentadas, mas alerta que "sem respostas rápidas e eficazes, os incêndios poderão comprometer não apenas a época alta de 2025, mas também a atratividade futura dos destinos afetados, com graves consequências para a economia local e nacional".
No mesmo comunicado, a AHRESP lembra que, no âmbito do protocolo com a Liga dos Bombeiros Portugueses, "tem estado a ser articulado o envio de bens alimentares essenciais para os teatros de operações, destinados aos bombeiros que combatem no terreno", uma iniciativa possível "graças ao contributo de várias empresas que se associaram a esta causa comum".
Portugal continental tem sido afetado por múltiplos incêndios rurais de grande dimensão desde julho, sobretudo nas regiões Norte e Centro.
Os fogos provocaram três mortos, incluindo um bombeiro, e vários feridos, alguns com gravidade, e destruíram total ou parcialmente casas de primeira e segunda habitação, bem como explorações agrícolas e pecuárias e área florestal.
Portugal ativou o Mecanismo Europeu de Proteção Civil, ao abrigo do qual dispõe de dois aviões Fire Boss, estando previsto chegarem mais dois aviões Canadair na sexta-feira.
Segundo dados oficiais provisórios, até hoje arderam 234 mil hectares no país, mais de 53 mil dos quais só no incêndio de Arganil.
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