Preços no consumidor em Macau voltam a subir após queda em fevereiro

Os preços no consumidor na região semiautónoma chinesa de Macau voltaram a subir em março, sobretudo devido ao custo das refeições adquiridas fora de casa, depois de terem recuado em fevereiro, foi hoje anunciado.

Taxa mensal de inflação em Macau atinge valor mais elevado em um ano

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Lusa
25/04/2025 11:10 ‧ 25/04/2025 por Lusa

Economia

Macau

O Índice de Preços no Consumidor (IPC) em Macau subiu 0,04% em março, em termos anuais, invertendo um recuo de 0,16% registado em fevereiro, de acordo com dados oficiais divulgados pela Direção dos Serviços de Estatística e Censos (DSEC).

 

Fevereiro foi o primeiro mês em que Macau caiu em deflação (queda anual nos preços no consumidor) desde junho de 2021, quando a cidade viveu o último de 10 meses consecutivos de queda de preços, no pico da crise económica causada pela pandemia de covid-19.

A deflação reflete debilidade no consumo doméstico e no investimento e é particularmente gravoso, já que uma queda no preço dos ativos, por norma contraídos com recurso a crédito, gera um desequilíbrio entre o valor dos empréstimos e as garantias bancárias.

Ainda assim, o índice desceu 0,08% em comparação com fevereiro, mês que incluiu parte do Ano Novo Lunar, uma época alta para o turismo em Macau.

O período do Ano Novo Lunar, o maior movimento de massas do mundo, é a principal festa tradicional das famílias chinesas e celebra-se consoante o calendário lunar. Este ano, calhou entre 28 de janeiro e 04 de fevereiro.

 Num comunicado, a DSEC justificou o aumento do índice em março com o custo das refeições adquiridas fora de casa, que subiu 1,52%, enquanto o preço dos serviços desportivos e recreativos aumentou 3,37%.

Os custos com rendas e os gastos com hipotecas dos apartamentos subiram 0,42% e 0,85%, respetivamente.

Isto apesar de o índice dos preços da habitação ter caído 11,7% no ano passado e da Autoridade Monetária de Macau ter aprovado três descidas da taxa de juro nos últimos três meses de 2024.

A Assembleia Legislativa de Macau aprovou, em abril do ano passado, o fim de vários impostos sobre a aquisição de habitações, para "aumentar a liquidez" no mercado imobiliário, defendeu na altura o secretário para a Economia e Finanças, Lei Wai Nong.

Com o aumento do número de visitantes, a região registou um acréscimo de 23,9% no preço das joias, relógios e produtos feitos de ouro.

Os dados oficiais mostram ainda que os serviços de saúde ficaram 1% mais caros, o preço de jornais, livros e artigos de papelaria aumentou 3,35% e os custos com educação subiram 1,16%.

Na vizinha região de Hong Kong, a inflação manteve-se inalterada, em 1,4%, em março.

Na China continental, de longe o maior parceiro comercial de Macau, o IPC caiu 0,1% em termos anuais em março, com o país a sofrer deflação pelo segundo mês consecutivo.

No início de março, após o anúncio de que a China tinha caído em deflação, o Conselho de Estado, o executivo chinês, anunciou medidas para revitalizar o consumo interno.

O plano centrar-se-á no aumento dos rendimentos, na estabilização do setor imobiliário e do mercado bolsista e na melhoria dos serviços médicos e de pensões.

Leia Também: Macau vai facilitar passagem fronteiriça para visitantes estrangeiros

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