Dublin quer reembolsar antecipadamente 18 mil milhões de euros dos 22,5 mil milhões emprestados pelo FMI, no âmbito de um programa de assistência internacional no valor global de 85 mil milhões de euros que envolveu também o Banco Central Europeu (BCE) e a Comissão Europeia.
A iniciativa irlandesa visa poupar cerca de 400 milhões de euros por ano, de acordo com a imprensa irlandesa, mas o reembolso tem de ter o acordo dos credores, do FMI e europeus.
O empréstimo do FMI tem uma taxa mais elevada do que os concedidos pelas instâncias europeias e, atualmente, a Irlanda consegue financiar-se a uma taxa inferior nos mercados financeiros.
Noonan reuniu-se na segunda-feira com o comissário europeu dos Assuntos Económicos, Jyrki Katainen, e deve reunir-se ainda com o presidente do Eurogrupo, Jeroen Dijsselbloem, com o responsável pelo fundo de apoio da zona euro, Klaus Regling, e com o presidente do BCE, Mario Draghi.
Segundo o ministro irlandês, o comissário Katainen fez saber que é "favorável ao plano irlandês" dado que permitirá "melhorar a viabilidade da dívida".
A questão não deverá encontrar dificuldades nas instâncias europeias e o assunto será abordado no final da semana, numa reunião de ministros das Finanças que decorrerá excecionalmente em Milão, Itália.
A Irlanda saiu do programa de assistência em dezembro passado.