BCP prevê gerar lucros médios anuais de 1.000 milhão entre 2025 e 2028
O BCP espera gerar lucros anuais de cerca de 1.000 milhões de euros entre 2025 e 2028 e pagar até 75% desse resultado aos acionistas, através de dividendos e da recompra de ações, segundo o novo plano estratégico.
© shutterstock
Economia Economia
Na conferência de imprensa de apresentação das contas do banco até setembro (714 milhões de euros), o presidente do BCP, Miguel Maya, apresentou as principais linhas do plano estratégico para 2025-2028 e disse que nesse período o banco "terá capacidade de gerar 4.000 a 4.500 milhões de euros" em resultado líquido acumulado.
Uma previsão, acrescentou, que ainda está sujeita à aprovação do supervisor e de objetivos de capital.
Quanto a pagamentos a acionistas, Maya disse que o objetivo é pagar até 75% desse resultado aos acionistas.
"Depois de um ciclo em que o banco foi muito suportado pelos acionistas, mais de uma década, é tempo de retribuir toda esta transformação do banco", disse o gestor.
Maya explicou que o valor de 75% a ser pago aos acionistas resulta da distribuição de dividendos de pelo menos 50% do resultado líquido a que se soma um programa regular de recompra de ações.
Hoje mesmo, afirmou Miguel Maya, a administração do banco aprovou um requerimento a ser enviado ao Banco de Portugal para poder "iniciar a recompra de ações de 25% do resultado líquido anual".
Sobre se com a recompra de ações o objetivo é proteger a base acionista, Maya disse que essa é "a lógica natural de um banco que tem de ter investidores para se poder desenvolver".
Já questionado sobre se a acionista Fosun poderá aproveitar para reduzir mais a sua participação (em janeiro o grupo chinês vendeu parte da sua posição), Miguel Maya disse que o conhecimento que tem é que a "Fosun está muito satisfeita e quer permanecer no BCP".
"E a equipa do BCP quer que a Fosun esteja satisfeita, quer remunerar bem a Fosun e qualquer outro acionista", acrescentou.
Ainda quanto ao plano estratégico, o BCP disse que, em 2028, quer chegar aos oito milhões de clientes ativos, subir na margem financeira e nas comissões e atingir um rácio de rentabilidade (ROE) de 13,5%.
O BCP apresentou hoje lucros de 714,1 milhões de euros entre janeiro e setembro, mais 9,7% do que nos primeiros nove meses de 2023.
A margem financeira do grupo BCP (a diferença entre juros cobrados no crédito e juros pagos nos depósitos) caiu ligeiros 0,3% para 2.110,8 milhões de euros, enquanto as comissões cresceram 4% para 601,8 milhões de euros.
O BCP tem como principal acionista o grupo chinês Fosun, com uma participação de 20,3%. O segundo maior acionista é a petrolífera angolana Sonangol, que no final do ano passado tinha 19,49% do banco.
Leia Também: Descida do IRC é "absolutamente irrelevante" para o BCP
Descarregue a nossa App gratuita.
Oitavo ano consecutivo Escolha do Consumidor para Imprensa Online e eleito o produto do ano 2024.
* Estudo da e Netsonda, nov. e dez. 2023 produtodoano- pt.com