Governo brasileiro acusa executivos da Americanas de abuso de informação

O governo brasileiro acusou de abuso de informação privilegiada oito ex-executivos da Americanas, a gigante brasileira do retalho que declarou falência no ano passado.

Notícia

© ShutterStock

Lusa
19/10/2024 22:53 ‧ 19/10/2024 por Lusa

Economia

Americanas

A Comissão de Valores Mobiliários, o regulador de mercado e um órgão autónomo do Ministério das Finanças, disse na sexta-feira à noite, em comunicado, que existem "fortes indícios" que apontam para a negociação de ativos da empresa por parte dos arguidos antes da divulgação pública dos problemas financeiros que esta atravessava.

 

Aquele organismo referiu ainda, após a conclusão do inquérito, que houve uma troca de informações e de documentos com a entidade reguladora do mercado bolsista e que os suspeitos devem agora apresentar as suas defesas.

Entre os oito acusados está o antigo diretor executivo da empresa, Miguel Gutiérrez, que tem nacionalidade espanhola e brasileira e se mudou para o seu país de origem, Espanha, após o escândalo.

A Interpol deteve Gutiérrez em junho, em Madrid, em resposta a um pedido de extradição apresentado pelas autoridades brasileiras, mas a justiça espanhola ordenou a sua libertação em troca de algumas medidas cautelares, como a retenção do seu passaporte.

O 'buraco' contabilístico da Americanas está avaliado em 25 mil milhões de reais (cerca de 4,4 mil milhões de dólares ou quatro mil milhões de euros ao câmbio atual), o que levou a empresa a entrar num processo de recuperação judicial no início de 2023.

Os maiores acionistas da rede de lojas são também os homens mais ricos do Brasil: Jorge Paulo Lemann, Marcel Telles e Carlos Alberto Sicupira, que negaram qualquer envolvimento na fraude.

A Americanas, que chegou a ter mais de 1.800 lojas em todo o país, fechou dezenas de estabelecimentos desde que o escândalo estourou, numa tentativa de equilibrar as contas.

Leia Também: Boeing e sindicatos chegam a acordo de princípio e põem fim à greve

Partilhe a notícia

Produto do ano 2024

Descarregue a nossa App gratuita

Oitavo ano consecutivo Escolha do Consumidor para Imprensa Online e eleito o produto do ano 2024.

* Estudo da e Netsonda, nov. e dez. 2023 produtodoano- pt.com
App androidApp iOS

Recomendados para si

Leia também

Últimas notícias


Newsletter

Receba os principais destaques todos os dias no seu email.

Mais lidas