"Os dados mais recentes sobre a inflação mostram novos progressos, modestos", afirmou Powell nas declarações introdutórias que fez numa audição no Senado.
"Novos dados positivos reforçariam a nossa confiança no facto de a inflação se encaminhar para os 2%", acrescentou.
A inflação atingiu um pico, após a reabertura da economia mundial a seguir à pandemia de covid-19, tendo chegado a 9,5% em junho de 2022.
Para travar a inflação, a Fed teve de subir as taxas de juro, que estão atualmente entre 5,25% e 5,50%, o nível mais alto em mais de 20 anos.
Depois de ter descido rapidamente na segunda metade de 2023, a trajetória da inflação tem mostrado uma tendência de estabilização, entre 2,5% e 3%, desde o início deste ano. Na próxima quinta-feira serão divulgados novos dados relativos a junho.
Os mercados anteciparam uma primeira descida das taxas de juro no segundo trimestre, à espera de três cortes ao longo do ano, mas a Fed optou pela prudência, com Powell a explicar que precisava de ter mais confiança num recuo da inflação para os 2% antes de começar a baixar as taxas de juro.
Hoje, o presidente do banco central norte-americano insistiu nessa ideia ao referir que a Fed não considera que seja "apropriado" reduzir as taxas de juro antes de "adquirir maior confiança quanto ao direcionamento da inflação para os 2% de forma sustentada".
"Continuamos a tomar decisões reunião a reunião. Sabemos que baixar muito depressa ou com demasiada moderação política pode travar ou mesmo reverter o progresso que temos visto na inflação", sublinhou.
A presença do presidente do banco central norte-americano nas duas câmaras dos Congresso, hoje no Senado e na quarta-feira na Câmara dos Representantes, destina-se a apresentar o relatório semestral sobre política monetária elaborado pela Fed.
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