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Vive num apartamento, mas quer painéis solares? Este kit pode ser para si

A DECO PROteste dá conta de uma opção para produzir energia a partir da luz solar que pode ser colocada não só em apartamentos como também em autocaravanas ou terraços - mas, atenção: Há vários critérios que devem ser ponderados.

Vive num apartamento, mas quer painéis solares? Este kit pode ser para si
Notícias ao Minuto

07:52 - 26/06/24 por Notícias ao Minuto

Economia Eletricidade

O uso de painéis solares tem vindo a generalizar-se por algumas casas, e esta utilização pode parecer tentadora num país como Portugal, onde os dias de sol ocupam grande parte do ano.

Mas a instalação destes painéis pode não ser tão fácil quanto tentadora e, em apartamentos, o caso muda ainda mais de figura. A DECO PROteste publicou um artigo no qual alerta para uma solução que pode ser indicada para este tipo de habitação, dando conta de algumas informações que influenciam na adoção ou não desta solução.

A associação do consumidor explica que há kits que podem ser instalados em apartamentos e que, permitindo reduzir a fatura da eletricidade, também dispensam da instalação por parte de um profissional.

Os kits em questão incluem, tal como a DECO PROteste explica, “um microinversor e acessórios para prender o conjunto numa varanda, num terraço ou numa autocaravana” – bastando, por isso, fazer a ligação a uma tomada para começar a introduzir a eletricidade produzida pelo sistema.

“Como a quantidade de energia produzida é baixa, não é necessário comunicar a instalação à Direção-Geral de Energia e Geologia (DGEG). De facto, um kit solar com cerca de 300 W pode produzir energia para alimentar um frigorífico e dois computadores”, explicam os responsáveis, dando depois conta de que há outros fatores a ter um conta para perceber se vale ou não a pena investir neste produto.

Eis aquilo que deve ponderar

“Para saber se compensa investir nestes sistemas, considerou-se que, em condições ideais de exposição solar, um kit de 300 W de capacidade consegue produzir cerca de 1,2 kWh por dia, o que equivale a perto de 440 kWh por ano”, começa por explicar a DECO PROteste, referindo que para a estimativa feita se considerou uma exposição solar de quatro horas durante 365 dias – o que é, segundo se lê no artigo, “um valor muito otimista”.

“Como estes kits são, muitas vezes, instalados na vertical, sujeitos à orientação das varandas e a eventuais zonas de sombreamento, a produção será mais reduzida”, alertam.

E quanto custam?

A DECO PROteste aponta que o preço destes produtos varia “bastante”, mas que no seu estudo, a associação do consumidor considerou um kit de 500 euros. “Para a produção referida – 440 kWh anuais –, o prazo de retorno do investimento rondaria os seis anos, tendo em conta uma tarifa de eletricidade de 0,2 euros por kWh, que se traduz numa poupança anual de 88 euros. O custo do equipamento e a capacidade de produção são fatores determinantes na escolha”, lê-se.

Mas, atenção…

O consumidor terá de ter em atenção que “qualquer sistema solar com capacidade superior a 700 W tem de ser instalado por técnicos especializados e ser comunicado à DGEG”, o que significa que se terá mesmo de certificar que os painéis não ultrapassam a capacidade em questão.

“Por outro lado, também terá de garantir que toda a eletricidade produzida é consumida, pois não poderá injetar energia na rede, sob pena de estar em incumprimento legal. Sendo assim, o consumo de eletricidade dos equipamentos de uso permanente, como frigoríficos e routers, terá de ser superior à energia produzida pelo sistema”, acrescentam os responsáveis, aconselhando a que no caso de não ser possível garantir esta condição, não deverá ser feito um investimento no equipamento.

Há ainda a questão do local onde vai instalar os painéis, já que se este for uma varanda ou terraço de um apartamento, é preciso fazer a verificação que é possível fazê-lo ali. “Caso afete a linha arquitetónica ou a estética do prédio, será precisa a aprovação, em assembleia de condóminos, da maioria representativa de dois terços do valor total do prédio”, explicam, acrescentando: “Também poderá haver restrições arquitetónicas ou paisagísticas, quando se trata de prédios ou moradias localizados em centros históricos. Se for o caso, será preciso pedir autorização ao município”.

É ainda preciso garantir que existe uma tomada por perto do equipamento, no interior ou exterior, por forma a ligar o equipamento, e ainda se os módulos fotovoltaicos forem flexíveis e leves. Caso sejam, não requerem qualquer tipo de estrutura e são fixados, em geral, com abraçadeiras. “Por esta razão, o local de instalação terá de permitir a sua colocação, o que poderá não ser possível em varandas de alvenaria. Certifique-se, pois, de que o local onde vai instalar os painéis permite as fixações”, avisam.

E em caso de acidentes?

A DECO PROteste aponta ainda que em caso de um acidente incorreta instalação ou má utilização dos painéis, por exemplo, a queda do mesmo para a rua e consequentes danos em veículos,  a responsabilidade é do condómino. 

“O mesmo acontece se o acidente resultar de um fenómeno meteorológico súbito, como chuva torrencial ou ventos fortes. Daí recomendar-se a contratação de um seguro multirriscos que inclua os danos causados pela queda ou quebra de painéis solares”, rematam.

Leia Também: Alargamento do consumo de eletricidade com IVA a 6% aprovado

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