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PIB mundial pode diminuir até 10% se temperatura aumentar três graus

O Produto Interno Bruto (PIB) mundial pode diminuir até 10% se a temperatura do planeta aumentar três graus Celsius (ºC), indica um estudo publicado na revista científica Nature Climate Change.

PIB mundial pode diminuir até 10% se temperatura aumentar três graus
Notícias ao Minuto

16:57 - 18/04/24 por Lusa

Economia Estudo

"Se tivermos em conta que os anos mais quentes também trazem mudanças nas chuvas e na variabilidade da temperatura, verifica-se que o impacto estimado do aumento das temperaturas é pior do que se pensava anteriormente", explicou o economista Paul Waidelich, da ETH Zurique, que liderou a equipa internacional responsável pelo estudo, divulgado na quarta-feira pelo Instituto Federal de Tecnologia (ETH) de Zurique, na Suíça.

O trabalho, que utilizou projeções de 33 modelos climáticos globais, defende que o crescimento económico futuro depende de uma ação rigorosa em relação ao clima, sustentando que limitar o aquecimento da Terra a 1,5ºC acima dos valores médios da era pré-industrial em vez de 3ºC pode reduzir em dois terços as perdas mundiais devido às alterações climáticas.

"Os nossos resultados mostram que o custo da inação climática é substancial", sublinhou Sonia Seneviratne, do ETH Zurique e coautora do estudo.

"Alguns ainda dizem que o mundo não pode pagar uma descarbonização rápida, mas a economia global também sofrerá os impactos das alterações climáticas", insistiu a também vice-presidente do Grupo de Trabalho I do Painel Intergovernamental sobre Alterações Climáticas.

Um aquecimento global de 3ºC aumenta o risco de chuvas torrenciais em todo o planeta, o que reduz o PIB mundial numa média de 0,2%, o que, face à atual dimensão da economia, equivaleria a 200 mil milhões de dólares (187,6 mil milhões de euros).

Entre os fenómenos climáticos extremos considerados, as ondas de calor são o que causa maior impacto, sugerindo o estudo que "quase metade dos danos económicos devido a um aquecimento global de 3ºC podem estar relacionados com o calor extremo".

A equipa de investigação admite, no entanto, ser complicado projetar os impactos da variabilidade e dos fenómenos climáticos extremos, porque também dependem da sua duração e de como a sociedade se irá adaptar.

Por outro lado, considera que o custo total das alterações climáticas será provavelmente bastante mais elevado, dado que o seu estudo não inclui os impactos que não são económicos de fenómenos como secas e subidas do nível do mar.

Leia Também: FMI piora previsões sobre défice orçamental do Brasil em 2024 e 2025

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