Há ligação entre nível de escolaridade e risco de pobreza? INE explica
Fique a par das conclusões.
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Economia Pobreza
O nível de escolaridade é maior e o risco de pobreza menor para aqueles que aos 14 anos viviam com progenitores que tinham concluído o ensino superior, em 2023, de acordo com dados divulgados pelo Instituto Nacional de Estatística (INE), esta sexta-feira.
A população com idade dos 25 aos 59 anos representava 45,8% do total da população no início de 2023 (4,8 milhões de pessoas). Destas, 14,9% estavam em risco de pobreza em 2022, valor inferior ao obtido para a população em geral (17,0%).
Os riscos de pobreza em 2022 eram de 17,3% e 17,2%, respetivamente, para aqueles em que o pai, ou a mãe, não tinha completado mais do que o atual ensino básico, pouco acima da média nacional (17,0%), mas substancialmente mais baixos para aqueles em que, aos 14 anos, um dos progenitores tinha concluído o ensino secundário, pós-secundário não universitário ou superior (6,8% quando era o pai; 8,6% quando era a mãe).
Segundo o INE, para aqueles que residiam, aos 14 anos, num agregado cujo pai era português, o risco de pobreza em 2022 era 13,7%, que compara com 25,1% nas situações em que o pai era estrangeiro. Verifica-se um padrão semelhante em relação aos resultados para a nacionalidade da mãe: 13,8% quando portuguesa e 25,5% quando estrangeira.
E mais: 73,6% da população inquirida valorizou a situação financeira do agregado em que vivia aos 14 anos como moderadamente boa, boa ou muito boa. Apesar disso, 12,2% encontrava-se em situação de pobreza em 2022, ainda que numa dimensão bastante inferior à incidência da pobreza (21,2%) observada quando a situação financeira aos 14 anos era avaliada como moderadamente má, má ou muito má.
Mais de 95% dos inquiridos tinham, aos 14 anos, as necessidades educativas e alimentares básicas satisfeitas, mas apenas 46,8% tinham possibilidade de ter uma semana de férias, por ano, fora de casa.
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