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Queda dos rácios da dívida pública na OCDE impulsionada pela inflação

A redução dos rácios da dívida pública face ao Produto Interno Bruto (PIB) nos países da OCDE, entre 2021 e 2023, foi impulsionada principalmente pelo aumento da inflação, segundo um relatório da instituição hoje divulgado.

Queda dos rácios da dívida pública na OCDE impulsionada pela inflação
Notícias ao Minuto

09:36 - 07/03/24 por Lusa

Economia OCDE

A Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico (OCDE) estima que, desde 2021, a inflação contribuiu para uma diminuição de 13 pontos percentuais (p.p.) nos rácios da dívida soberana, enquanto o crescimento real do PIB foi responsável por uma diminuição de oito pontos.

No relatório, a OCDE destaca que o rendimento real, que combina o impacto das taxas nominais e da inflação, foi negativo em quase todos os países da organização.

"A maior parte da dívida da OCDE foi emitida quando a inflação e as taxas de juro eram mais baixas, acarretando custos mais baixos. Assim, o atual nível de crescimento nominal do PIB excedeu as taxas de juro efetivas (ou seja, o rácio entre as despesas com juros e o' stock' da dívida), ajudando a reduzir os rácios dívida/PIB", explica.

A OCDE prevê que, com a redução da taxa de inflação e um volume crescente de dívida emitida a taxas mais elevadas, a tendência decrescente dos rácios da dívida face ao PIB entre 2021 e 2023 deverá inverter-se em 2024.

"Embora o efeito da inflação sobre o PIB nominal seja imediato e de curta duração, os efeitos dos custos mais elevados dos empréstimos sobre as despesas com juros são graduais e duradouros", alerta.

A instituição com sede em Paris dá nota que se a inflação tem o efeito inicial de reduzir os rácios, caso persista, a médio e longo prazo traduz-se num aumento do prémio de inflação e dos custos de financiamento da dívida.

Neste sentido, defende que "a inflação pouco contribui para melhorar a sustentabilidade da dívida", uma vez que "as trajetórias da dívida em relação ao PIB são principalmente impulsionadas pelos equilíbrios orçamentais a longo prazo, com a inflação inesperada a proporcionar apenas impacto a curto prazo".

"Para evitar um ciclo de reações adverso de aumento das taxas de juro, crescimento lento e défices crescentes, são essenciais políticas orçamentais prudentes apoiadas por quadros orçamentais de médio prazo credíveis", recomenda.

A OCDE estima que o rácio agregado da dívida face ao PIB na OCDE ficou praticamente estável durante 2022 e 2023, em 83%, e aumente ligeiramente para 84% até 2024. Contudo, salienta que o retrato mascara "a elevada variabilidade nos rácios dívida/PIB entre países".

Prevê um aumento de mais de um p.p. em nove países, liderados pelos Estados Unidos, onde se prevê um aumento de três p.p.., enquanto, por outro, prevê-se que os rácios da dívida em relação ao PIB de 12 países caiam mais de um ponto percentual, com o Japão, Portugal e Espanha, onde se prevê que caiam mais de cinco pontos.

Os rácios da dívida em 2023 ultrapassaram os níveis pré-pandemia em cerca de cinco p.p. em média e 10 pp. no agregado na área da OCDE.

Leia Também: Subida dos preços na OCDE abranda para 5,7% em janeiro

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