Num anúncio publicado na imprensa espanhola a Iberia refere que o processo de reestruturação anunciado é vital para que a empresa possa "ser viável" no futuro.
Avançar com a greve, sublinha, é "irresponsável" porque atenta contra os clientes da empresa, "e ainda mais em datas tão especiais com o Natal".
Os principais sindicatos da Iberia, excluindo o de pilotos Sepla, anunciaram quinta-feira seis jornadas de greve para dias antes do Natal, em protesto contra o plano de reestruturação na empresa, que prevê o corte de 4.500 empregos.
A greve decorrerá nos dias 14,17, 18, 18, 20 e 21 de Dezembro e é a resposta dos sindicatos ao plano da Ibéria que no passado dia 9 de Novembro anunciou o corte de quase um quarto da sua força laboral de 20 mil funcionários, no âmbito de um plano de reestruturação da empresa.
O plano de reestruturação abrange mudanças estruturais permanentes em todas as áreas de negócio, com o objectivo de a companhia voltar a registar ganhos, segundo informou o International Airlines Group (IAG) - grupo resultante da fusão da Iberia com a British Airways.
A empresa vai reduzir a sua capacidade em 15%, concentrando-se nas rotas mais rentáveis, cortado ou reduzindo as rotas não rentáveis.
O objectivo, segundo a empresa, é melhorar os resultados em, pelo menos, 600 milhões de euros até 2015, conseguindo regressar aos lucros nesse período, pelo que haverá mudanças estruturais permanentes em todas as áreas de negócio da empresa.
Até ao final de Setembro a IAG registou prejuízos de 39 milhões de euros, face a ganhos de 338 milhões de euros no período homólogo de 2011, um resultado afectado particularmente pelas perdas recorde de 262 milhões de euros registadas neste período pela Iberia.
Na nota hoje divulgada a Iberia considera que a greve anunciada agrava a "já delicada situação da companhia" e que o conflito "contribui para deteriorar a imagem da Espanha e da sua economia".
Ao mesmo tempo renova a vontade de "negociar sem condições e com a máxima flexibilidade" o possível Plano de Transformação da empresa.
Usar a greve de forma preventiva é, por isso, um "abuso" um momento em que a maioria das empresas sofre com a crise e os seus sindicatos "negociam de boa-fé acordos que sejam o menos lesivo para todos".
A Iberia assegura que atenderá a seus clientes e colocará todos os meios ao seu alcance para minimizar no possível as moléstias que esta "greve injustificada possa provocar".