Ações da Greenvolt chegaram a ser suspensas após anúncio de OPA

A Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM) anunciou, esta quinta-feira, a suspenção da negociação das ações da Greenvolt, que durou pouco mais de uma hora, depois de um fundo de infraestruturas gerido pela empresa de investimento norte-americana Kohlberg Kravis Roberts (KKR) ter anunciado uma oferta de compra (OPA) do grupo português.

GreenVolt NÃO USAR

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Notícias ao Minuto
21/12/2023 08:59 ‧ 21/12/2023 por Notícias ao Minuto

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"O Conselho de Administração da Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM) determinou no dia 21/dez/2023 pelas 07:48 (UTC), nos termos do artigo 214º e da alínea b) do n.º 2 do artigo 213º do Código dos Valores Mobiliários, a suspensão da negociação das ações Greenvolt Energias Renováveis S.A., devido a uma Oferta Pública de Aquisição", pode ler-se num comunicado do regulador de mercado. 

A suspensão da negociação foi, entretanto, levantada por volta das 10h30, segundo um outro comunicado do regulador de mercado. 

O fundo Gamma Lux, com sede no Luxemburgo, lançou formalmente "uma oferta pública geral e voluntária de aquisição da totalidade das ações" da Greenvolt, de acordo com um comunicado enviado à CMVM.

O fundo gerido pela KKR assinou contratos para comprar uma participação total 60,86% na Greenvolt a sete acionistas da empresa liderada por João Manso Neto.

As aquisições só deverão estar concluídas a partir de 31 de maio de 2024, após aprovação por parte da Autoridade da Concorrência Portuguesa e dos homólogos da Roménia, da Irlanda, do Reino Unido e da Alemanha, indicou a mesma nota.

A oferta do Gamma Lux aos acionistas na Bolsa de Valores de Lisboa prevê a compra de cada ação da Greenvolt por 8,3 euros, 11,5% acima do valor das ações do grupo no fecho da sessão de quarta-feira.

O fundo gerido pela KKR sublinhou ainda que a oferta representa "um prémio de 95,3% em relação ao preço inicial de admissão da oferta pública inicial das ações, em 15 de julho de 2021".

Em janeiro, a Greenvolt tinha anunciado um acordo com a KKR para a emissão de obrigações no valor de 200 milhões de euros, com maturidade de sete anos, passíveis de serem convertidas em ações da empresa.

Na altura, a empresa portuguesa defendeu, num comunicado, que este investimento ia permitir um "crescimento mais acelerado" da Greenvolt, potenciando ainda novas oportunidades de negócio.

"Esta é uma operação de extrema relevância para a Greenvolt, na medida em que vemos na KKR não apenas um investidor, que reconhece o potencial da empresa, mas também um parceiro, que acredita na estratégia que definimos, isto ao mesmo tempo que possibilitará acelerar ainda mais o cumprimento dos compromissos assumidos", afirmou, em janeiro, citado na mesma nota, o presidente executivo da Greenvolt, João Manso Neto.

"Estamos muito entusiasmados em fazer esta parceria que dará suportes à estratégia de criação de valor no segmento das energias renováveis, entregando 100% de energia verde através de múltiplas tecnologias em diversas geografias. Vemos uma grande oportunidade para a Greenvolt na biomassa, na energia eólica e solar de larga escala e na geração distribuída e este investimento está alinhado com o compromisso da KKR para dar novos passos rumo à importante transição energética", considerou, por sua vez, o 'partner' da KKR, Vincent Policard, em janeiro.

A KKR é uma empresa de investimento "líder mundial que oferece gestão alternativa de ativos, bem como soluções no mercado de capitais e seguros", explicou na altura a Greenvolt.

A KKR é também acionista da empresa de tecnologia chinesa ByteDance Ltd., que tem entre as subsidiárias a rede social TikTok.

[Notícia atualizada às 10h54]

Leia Também: Fundo norte-americano lança oferta de compra da Greenvolt

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