Taxa de risco de pobreza aumentou para 17% em 2022

O aumento da pobreza abrangeu todos os grupos etários, embora de forma mais significativa os menores de 18 anos, revelam os dados do INE.

Quatro em cada 10 desempregados em risco de pobreza (mesmo com subsídio)

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Notícias ao Minuto com Lusa
27/11/2023 11:00 ‧ 27/11/2023 por Notícias ao Minuto com Lusa

Economia

INE

O número de pessoas em risco de pobreza aumentou para 17% em 2022, divulgou esta segunda-feira o Instituto Nacional de Estatística (INE), segundo o qual a pobreza aumentou em todos os grupos etários e afetou "mais significativamente" as mulheres.

Tendo em conta que nesse ano a população portuguesa se contabilizava em 10.444,2 pessoas, significa que 1.775.514 eram pobres.

Os dados constam do mais recente Inquérito às Condições de Vida e Rendimentos (ICOR), realizado em 2023, mas relativo aos rendimentos de 2022, e revelam um aumento de 0,6 pontos percentuais (p.p.) em relação a 2021, quando a taxa foi de 16,4%. Este valor representava uma redução de dois p.p. face a 2020.

"A taxa de risco de pobreza correspondia, em 2022, à proporção de habitantes em rendimentos monetários líquidos (por adulto equivalente) inferiores a 7.095 euros (591 euros por mês)", explica o INE.

Sem apoios sociais quase 4,4 milhões de pessoas em Portugal seriam pobres

Quase 4,4 milhões de pessoas em Portugal seriam pobres se não houvesse transferências sociais, revela hoje o Instituto Nacional de Estatísticas baseando-se em dados de 2022, ano em que a taxa de risco de pobreza aumentou para 17%.

Lusa | 14:14 - 27/11/2023

Segundo o organismo, o aumento da pobreza afetou todos os grupos etários, "embora de forma mais significativa os menores de 18 anos", entre os quais a pobreza aumentou 2,2 p.p. relativamente a 2021.

"A taxa de risco de pobreza dos adultos em idade ativa aumentou 0,4 p.p. e a da população idosa aumentou 0,1 p.p.", acrescenta o INE.

Segundo o Instituto de Estatística, "o crescimento da taxa de risco de pobreza afetou mais significativamente as mulheres do que os homens": entre as mulheres aumentou 0,9 p.p. (passando de 16,8% em 2021 para 17,7% em 2022), enquanto entre os homens o aumento não vai além dos 0,3 p.p. (com 16,2% em 2022).

Refere, por outro lado que as transferências sociais (de doença e incapacidade, família, desemprego e inclusão social) tiveram um contributo menor na redução do risco de pobreza, uma vez que em 2021 reduziram a taxa de risco de pobreza em 5,1 p.p. e em 2022 foi de 4,2 p.p.

Ainda assim, sem as transferências sociais, 21,2% dos portugueses em 2022 teriam sido pobres, o que equivale a mais de 2,2 milhões de pessoas.

Segundo o INE, a taxa de risco de pobreza para a população empregada diminuiu de 10,3% em 2021 para 10% em 2022, mas aumentou entre a população desempregada, de 43,4% para 46,4%, no mesmo período.

Refere também que, em 2022, 22,7% da população que apenas tinha concluído o ensino básico era pobre, "um valor significativamente superior às proporções de 13,5% para a população que tinha terminado o ensino secundário ou pós-secundário e de 5,8% para a população que tinha concluído o ensino superior".

Os dados do INE mostram que aumentou igualmente a desigualdade na distribuição dos rendimentos, "principalmente comparando os 10% da população com maiores recursos e os 10% da população com menores recursos, para o que se obtém um rácio de 9,7, superior ao registado no ano anterior (8,4)".

O INE refere ainda que a taxa de risco de pobreza ou exclusão social manteve-se em 20,1%, o que significa que, em 2022, 2.104 mil pessoas viviam em risco de pobreza ou viviam em agregados com intensidade laboral 'per capita' muito reduzida ou em situação de privação material e social severa.

[Notícia atualizada às 12h17]

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