A decisão de deixar as taxas inalteradas naquela que é a quarta maior economia da Ásia - o que era esperado pela maioria dos analistas - surge depois de o banco central ter implementado sete subidas das taxas entre abril de 2022 e janeiro deste ano.
Por outro lado, surge também numa altura em que a pressão inflacionista parece estar a abrandar graças à queda do preço do crude, em que a principal componente do produto interno bruto (PIB), as exportações, não estão a alavancar a economia, e em que se avolumam as dúvidas sobre o desempenho económico da China, principal parceiro comercial da Coreia do Sul.
Ainda assim, o BoK manteve as perspetivas de crescimento para 2023 em 1,4%, depois de ter baixado a previsão em duas décimas em maio, devido ao enfraquecimento das exportações sul-coreanas, afetadas desde o final de 2022 pelo endurecimento das políticas monetárias nas principais economias mundiais e pela queda da procura do produto mais importante do país, os semicondutores.
No entanto, o Banco da Coreia antecipou que os aumentos de preços podem regressar e prevê que a inflação possa voltar a situar-se acima dos 3% - acima do objetivo de 2% - até ao final do ano.
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