"Em 04 de janeiro [saída do Governo] não estava decidido - e eu lembro-me de ter dito isso várias vezes - o tempo, o modo e o quando da privatização e, por isso, depois do dia 04 de janeiro, a questão já não se colocou a mim, nem se vai colocar a mim e eu acho que, dadas as funções que ocupei e a responsabilidade que tenho, não devo fazer neste momento nenhum juízo sobre o tempo, o modo e o quando sobre a privatização", respondeu Pedro Nuno Santos ao deputado do PCP Bruno Dias, em audição no parlamento.
O ex-governante garantiu que não ia abordar matérias de opinião, tanto nesta audição como na da próxima semana na comissão de inquérito, mas repetiu o que defendia enquanto ministro.
"A TAP não conseguirá sobreviver se não se integrar num grupo de aviação e só há duas maneiras: ou era a TAP comprar, por exemplo, a Lufthansa, a Air France KLM, [...] ou, obviamente, abrir o capital da TAP", defendeu, recordando declarações suas na conferência de imprensa de apresentação pública do plano de reestruturação da companhia aérea, antes de ser enviado para aprovação da Comissão Europeia.
Pedro Nuno Santos sublinhou que a TAP atua num setor "muito agressivo", não podendo, por isso, atuar de forma isolada.
"Para mim era claro - e continua a ser - que o capital da TAP devia ser aberto a uma empresa do setor. Foi sempre o que eu defendi e mantenho", concluiu.
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