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Centeno diz esperar que bancos continuem a subir taxas de depósitos

O governador do Banco de Portugal disse hoje esperar que os bancos continuem a subir as taxas dos depósitos, defendendo não haver sinais de agravamento do incumprimento dos clientes bancários, mas o regulador e supervisor bancário está atento.

Centeno diz esperar que bancos continuem a subir taxas de depósitos
Notícias ao Minuto

18:09 - 10/05/23 por Lusa

Economia BdP

Na conferência de imprensa de apresentação do Relatório de Estabilidade Financeira, em Lisboa, Centeno disse que não há dados que indiquem um aumento do incumprimento dos créditos, até "porque as condições económicas continuam favoráveis", mas afirmou também que "tem de ser avaliada com cautela" a evolução da situação.

O Banco de Portugal (BdP) não divulgou para já dados sobre os processos de renegociação de créditos que estão a ser feitos pelos bancos a pedido dos clientes, considerando que ainda é cedo para os obter.

Já sobre os depósitos e as baixas taxas de remuneração pagas pelos bancos, o governador considerou que "está a acontecer com alguma rapidez a subida das taxas de juro das aplicações passivas [depósitos]" e acrescentou que espera que "não tenha terminado".

Sobre estarem a sair depósitos dos bancos para outros produtos, como certificados de aforro, considerou normal e que os indicadores de liquidez não demonstram dificuldades das instituições.

A taxa de juro dos novos depósitos a prazo de particulares registou em março a maior subida desde 2011, para 0,90%, mas Portugal mantém o segundo valor mais baixo entre os países da área do euro, segundo o BdP.

O Relatório de Estabilidade Financeira, hoje publicado, identifica o aumento do incumprimento dos créditos à habitação como um dos principais riscos à estabilidade financeira.

No documento, o BdP diz que o aumento das taxas de juro beneficiou os lucros dos bancos. Ao mesmo tempo, criam riscos para a estabilidade financeira, caso do aumento do incumprimento dos empréstimos, sobretudo do crédito à habitação.

Em Portugal, a preponderância da taxa de juro variável nos empréstimos à habitação (superior a 90% do 'stock' de créditos) faz com que a recente e rápida subida das taxas de juro aumente no imediato os encargos com a dívida, pondo os clientes bancários particulares com dificuldades para pagar os empréstimos.

Leia Também: BdP alerta para risco de trajetória "menos favorável" da dívida pública

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