Wall Street fecha sem rumo com medo de recessão nos EUA

A bolsa nova-iorquina fechou hoje sem rumo, com os investidores a cederem ao receio de recessão da economia dos EUA e a indicadores macroeconómicos.

Wall Street fecha sem rumo com medo de recessão nos EUA

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Lusa
05/04/2023 22:58 ‧ 05/04/2023 por Lusa

Economia

Bolsas

Os resultados definitivos da sessão indicam que o índice seletivo Dow Jones Industrial Averga avançou 0,24%, mas os outros índices emblemáticos da praça recuaram, com o alargado S&P500 a ceder 0,25% e o tecnológico Nasdaq 1,07%.

"A sessão concluiu de forma mitigada, com os investidores focados na recessão e no recuo dos rendimentos obrigacionistas", comentou Peter Cardillo, da Spartan Capital Securities.

No mercado das obrigações, os rendimentos oferecidos pelos títulos do Tesouro norte-americano baixaram, o que materializa o receio da uma recessão nos EUA. Os relativos ao prazo de 10 anos recuavam para 3,29% dos 3,33% da véspera e os a dois anos contraíam para 3,77% de 3,83%.

"As notícias da macroeconomia foram fracas, em particular as relativas à criação de emprego pelo setor privado", reveladas pelo inquérito ADP, prosseguiu o analista.

As contratações pelo setor privado, relativas a março, foram 145 mil, depois das 261 mil de fevereiro, abaixo das 205 mil previstas.

Este número foi visto como sendo de mau augúrio para o relatório oficial sobre o emprego, esperado para sexta-feira, e indicia o arrefecimento do mercado de trabalho.

Para Peter Cardillo, "uma boa parte da eventualidade de uma recessão já foi incorporada pelas cotações bolsistas, mas torna-se cada vez mais provável".

Mas Cardillo relativizou: "Que o S&P500 [o índice mais representativo de Wall Street] regresse ao intervalo 3.700-3.750 pontos é possível, mas que retroceda para o seu nível mais fraco do ano passado, não acredito".

Além do inquérito ADP, o barómetro ISM sobre a atividade dos serviços também dececionou, ao recuar para 51,2% em março, depois de 55,1% em fevereiro, quando os analistas esperavam 54,3%.

A atividade nos serviços, setor que lidera a economia dos EUA, permanece em expansão, ao passo que a do setor industrial, cujo inquérito ISM foi divulgado na segunda-feira, já está em recessão, ao assumir o valor de 46,3%.

O último indicador do dia foi relativo ao agravamento do défice comercial dos EUA, que se agravou por más razões, na opinião dos intervenientes do mercado, ao resultar da diminuição das exportações, mas também das importações.

"O que se deve reter é que o declínio das exportações e das importações reflete uma redução do comércio internacional à escala mundial", realçou Patrick O'Hare, da Briefing.com.

No plano dos títulos, o destaque vai para as ações da Johnson & Johnson, que beneficiou (+4,52%) com a sua decisão de pagar nove mil milhões de dólares para encerrar os processos judiciais que a envolvem desde há anos, relativos ao seu pó de talco, acusado de causar cancro dos ovários.

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