A greve dos maquinistas da CP - Comboios de Portugal prossegue e prevê-se que, até ao dia 17 de fevereiro, aconteça de forma parcial, o que significa que continuará a ter impacto na vida de muitos cidadãos que precisam de apanhar o comboio diariamente.
A transportadora divulgou, no seu site, a lista dos comboios que prevê que serão suprimidos no seguimento da greve, alertando, contudo, que "alguns comboios poderão ser suprimidos, para além dos que constam destas listas". São os seguintes:
- Alfa Pendular e Intercidades
- Regional e InterRegional
- Urbanos de Lisboa
- Urbanos do Porto
- Urbanos de Coimbra
Um total de 102 comboios foram suprimidos entre a meia-noite e as 20h00 de domingo devido à greve de maquinistas, adiantou fonte da CP à agência Lusa.
A greve foi convocada pelo Sindicato Nacional dos Maquinistas dos Caminhos de Ferro Portugueses (SMAQ) contra a última proposta de aumentos salariais de 51 euros, que representa uma progressão média na carreira de 3,89%, que a estrutura sindical considera "claramente inaceitáveis".
Os trabalhadores decretaram "greve à prestação de todo e qualquer trabalho" das categorias representadas pelo SMAQ, desde as últimas horas do dia 9 e até às primeiras horas de dia 11.
Entre a meia-noite de dia 11 e as 23h59 de dia 17, foi convocada "greve à prestação de trabalho a todos os períodos normais de trabalho diários que tenham a duração prevista superior a sete horas e 30 minutos, para as categorias Maquinista ou Maquinista Técnico".
Já entre a meia-noite do dia 11 e as 23h59 do dia 17, fazem "greve à prestação de trabalho a todos os períodos normais de trabalho diário que impliquem entradas e/ou saídas na sede entre as 00:00 e as 06:00, para as de Maquinista ou Maquinista Técnico", e, entre a meia-noite do dia 14 e as 23h59 do dia 17, "greve a todos os períodos normais de trabalho que tenham a duração prevista superior a seis horas, para as categorias Inspetor de Tração ou Inspetor Chefe de Tração".
O tribunal arbitral decretou serviços mínimos de cerca de 30% a nível nacional, bem como no que seja necessário à segurança e manutenção do equipamento e instalações e de serviços de emergência e comboios de socorro.
Em fevereiro, as greves convocadas por vários sindicatos da CP levaram à supressão de centenas de comboios por dia.
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