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Wall Street fecha severamente abalada por declarações de Powell no Senado

A bolsa nova-iorquina encerrou hoje severamente abalada pelas declarações do presidente da Reserva Federal (Fed), no Senado, a sugerir que a taxa de juro de referência pode subir mais do que se pensava até agora.

Wall Street fecha severamente abalada por declarações de Powell no Senado
Notícias ao Minuto

22:47 - 07/03/23 por Lusa

Economia Bolsa de Nova Iorque

As declarações de Jerome Powell reavivaram o receio de uma recessão económica.

Os resultados definitivos da sessão indicam que o índice seletivo Dow Jones Industrial Average perdeu 1,72%, o alargado S&P500 recuou 1,53% e o tecnológico Nasdaq desvalorizou 1,25%.

O presidente do banco central dos EUA disse aos congressistas que a principal taxa de juro da Fed, que tem sido elevada desde há um ano para procurar reduzir o crescimento dos preços, pode subir a um ritmo mais rápido do que antecipado e ir além do nível ao qual os responsáveis da instituição esperavam até agora, que era de 5,1%.

E as taxas poderiam continuar elevadas "durante algum tempo", avisou Powell, durante uma audição no Senado.

Os investidores apostam agora na subida das taxas, com a principal situada entre 4,50% e 4,75%, em pontos-base por ocasião da próxima reunião da comissão de política monetária da Fed (FOMC, na sila em Inglês), em 21 e 22 de março.

Ora, uma Fed mais agressiva na taxas, que encarece o custo do crédito para famílias e empresas, aumenta também o risco de recessão, o que teria um impacto nos lucros das empresas.

Assim que se conheceram as declarações de Powell, os índices bolsistas mergulharam.

Segundo as antecipações sobre as taxas da Fed, os rendimentos obrigacionistas dos títulos do Estado federal a dois anos subiram para o nível mais elevado desde 2007, acima dos cinco por cento.

Da mesma forma, os rendimentos dos títulos de dívida pública a 10 anos também subiram e chegaram a passar os quatro por cento, se bem que depois tenham baixado um pouco.

Esta evolução acentuou ainda mais o fenómeno designado de inversão da curva dos rendimentos, que significa que o dos títulos de curto prazo é superior ao dos de longo prazo, o que é considerado frequentemente como anúncio de recessão económica.

Este afastamento entre estes rendimentos, proporcionados pelos títulos a dois e a dez anos, nunca foi tão elevado desde 1981.

Quincy Krosby, da LPL Financial, admirou-se um pouco, não obstante, com a reação dos investidores.

"Jerome Powell só manteve a linha que se tem definido, a saber que a Fed irá fazer o que tem a fazer para restaurar a estabilidade dos preços", sublinhou.

"Sem dúvida que há momentos em que os investidores tendem em não o levar a sério ou em pensar que a estabilidade dos preços se vai fazer mais depressa", avançou esta operadora.

Mas Powell "não pára de repetir que a política da Fed depende de indicadores" e os últimos números sobre a inflação mostram bem que há trabalho a fazer, acrescentou.

Antes da próxima reunião da FOMC vão ser divulgados dois relatórios importantes sobre a inflação, bem como um, muito esperado, sobre o emprego em fevereiro.

Com este contexto, as ações dos bancos foram particularmente afetadas, com o JPMorgan a perder 2,93%, o Bank of America 3,20%, o Wells Fargo 4,68% e o Citi 2,11%.

Leia Também: Wall Street cai no início da sessão à espera de sinais da Fed

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