"Com a previsão de rendimento líquido recorrente na ordem dos 1.400 1.500 milhões de euros até 2025, o limite mínimo de dividendos por ação aumentará gradualmente de 0,19 para 0,20 euros, enquanto o objetivo de pagamento deverá ser revisto para 60-70%", comunicou a EDP à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM) esta madrugada, horas antes de apresentar o novo plano estratégico para 2023-2026, em Londres.
No plano anterior, apresentado em fevereiro de 2021, para os anos 2021-2025, a EDP previa atingir os 1.000 milhões de euros em 2023, adiando a meta dos 1.000 milhões em um ano, e subir até aos 1.200 milhões de euros em 2025.
O anterior plano previa também o pagamento de dividendos de pelo menos 19 cêntimos por ação, até 2025.
Na EDP Renováveis, a política de dividendos foi também melhorada para um rácio de pagamento de 30-50% "a fim de proporcionar uma remuneração flexível e competitiva aos seus acionistas e alinhada com o mercado", indicou a EDP.
O novo plano prevê também que o grupo atinja um EBITDA (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) recorrente de 5.700 milhões de euros em 2026, com o investimento anual a crescer 6% entre 2022 e 2026.
Adicionalmente, "a EDP irá alavancar o seu modelo de rotação de ativos para potenciar ainda mais o seu crescimento", indicou, salientando os "2.000 milhões de euros em rotação de ativos na última década" e indicando que "espera agora alcançar 8.000 milhões de euros em receitas e ganhos de capital até 2026".
A EDP comunicou ao mercado, na quarta-feira, um lucro de 679 milhões de euros em 2022, mais 3% do que no ano anterior.
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