O Índice de Atividade Económica (IBC-Br), que a autoridade monetária divulga mensalmente na tentativa de antecipar a evolução do Produto Interno Bruto (PIB), registou em 2022 o seu segundo crescimento anual após a queda de 4,2% que sofreu em 2020 como consequência da crise gerada pela pandemia de covid-19.
O resultado do indicador conhecido como "prévia do PIB" confirma as previsões dos analistas de que a economia brasileira desacelerou no ano passado e que essa tendência se acentuará ainda mais em 2023.
Segundo dados oficiais, o PIB da maior economia latino-americana sofreu queda de 3,3% em 2020 devido à pandemia e registou salto recorde de 5% em 2021 devido à retoma das atividades produtivas.
Economistas preveem que o crescimento desacelere ainda mais neste ano, quando se espera expansão de apenas 0,76% do PIB brasileiro.
O resultado oficial do PIB de 2022 será divulgado em 02 de março pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
A desaceleração da economia brasileira no ano passado é atribuída à inflação e às altas taxas de juros do país, que se tornaram alvo de constantes críticas do Presidente brasileiro, Luiz Inácio Lula da Silva, que assumiu o seu terceiro mandato em janeiro.
Segundo dados divulgados pelo Banco Central, apesar da desaceleração em 2022, a atividade económica no Brasil cresceu 0,29% em dezembro face a novembro, bem acima das projeções dos economistas (0,10%).
No entanto, o indicador acumulou retração de 1,46% no último trimestre do ano passado face ao terceiro. Na comparação com o mesmo período de 2021, a atividade económica brasileira cresceu 2,05% no período de outubro a dezembro de 2022.
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