Grande parte da mudança deveu-se ao impacto das provisões para enfrentar as perdas na carteira de créditos. Em 2021, durante a recuperação de uma atividade de 2020 impactada pela pandemia da covid-19, o banco decidiu libertar 9.256 milhões de dólares (8.571 milhões de euros ao câmbio atual) de provisões, impulsionando o lucro, mas em 2022 aumentou esta 'almofada' em 6.389 milhões de dólares (5.915 milhões de euros).
A faturação da entidade financeira liderada por Jamie Dimon subiu 6% em termos homólogos no conjunto do ano, alcançando 128.695 milhões de dólares (118.929 milhões de euros), ao passo que os rendimentos pelas taxas e comissões caíram 11% para 61.985 milhões de dólares (57.298 milhões de euros), segundo um comunicado hoje divulgado.
Já o rendimento total resultante de juros subiu 28% para 66.710 milhões de dólares (61.655 milhões de euros), influenciado pela subida das taxas de juro pela Reserva Federal dos EUA.
"A economia norte-americana atualmente continua forte, com os consumidores a continuarem a gastarem mais e os negócios saudáveis", afirmou Dimon, em comunicado divulgado no seu portal.
O presidente executivo (CEO) do banco acrescentou que a instituição não sabe "os efeitos derradeiros das tensões geopolíticas", referindo-se à guerra na Ucrânia, à vulnerabilidade da energia e da cadeia de abastecimento e da inflação persistente "que está a erodir o poder de compra e que tem alavancado as taxas de juro".
Leia Também: Wall Street prolonga tendência descendente ao abrir 2023