Num comunicado divulgado hoje, o Sindicato dos Trabalhadores das Indústrias Transformadoras, Energia e Atividades do Ambiente do Centro Sul e Regiões Autónomas (SITE CSRA) avança que, "durante a greve, os trabalhadores vão concentrar-se no Parque das Nações, em frente ao Oceanário de Lisboa, entre as 10:00 e as 13:00".
Nesta ação participarão também dirigentes da Federação Intersindical das Indústrias Metalúrgicas, Químicas, Elétricas, Farmacêutica, Celulose, Papel, Gráfica, Imprensa, Energia e Minas (Fiequimetal) e da CGTP-IN.
A agência Lusa tentou ouvir a administração da Fima-Olá, sem sucesso até ao momento.
De acordo com o sindicato, os piquetes de greve estarão à porta da fábrica, em Santa Iria da Azoia, no início de cada turno: hoje, das 22:00 às 24:00, e na quarta-feira, das 06:30 às 09:00.
De seguida, os trabalhadores rumarão à estação de comboios de Santa Iria da Azoia para participarem na concentração junto do Oceanário, após o que um novo piquete de greve funcionará das 14:00 às 16:00.
Na base da paralisação -- aprovada em plenários em 19 de dezembro passado, "após a administração ter deixado sem resposta uma resolução que lhe foi entregue a 16 de novembro" -- está a perda de poder de compra dos trabalhadores nos últimos 13 anos, "devido ao congelamento dos salários".
Na resolução então entregue, os trabalhadores exigiram respostas às suas propostas de aumentos salariais de 90 euros em 2022 e 2023 até aos plenários marcados para 19 de dezembro.
Segundo o sindicato, "a administração insiste nas compensações em prémios, mas os trabalhadores querem ver os seus salários aumentados, em vez de pagamentos de bónus".
"Houve um compromisso patronal de tomar medidas e dar respostas à inflação, mas nada de concreto é conhecido, seja relativamente a 2022 ou 2023", refere.
Salientando a "subida do volume de produção" registado pela empresa "nos últimos anos", o SITE CSRA sustenta que "os lucros e os bons resultados dos acionistas batem sucessivos recordes".
"Por outro lado -- acrescenta -- os trabalhadores sentem cada vez mais a degradação das suas condições de vida, em consequência do brutal aumento dos preços dos bens e serviços essenciais".
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