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Médicos portugueses com remuneração real mais baixa em 2020 que em 2010

A remuneração dos médicos em Portugal em 2020 era mais baixa do que em 2010 em termos reais, indica um relatório europeu hoje divulgado.

Médicos portugueses com remuneração real mais baixa em 2020 que em 2010
Notícias ao Minuto

11:05 - 05/12/22 por Lusa

Economia Salários

"Em alguns países, como Portugal, Eslovénia e Reino Unido, a remuneração dos médicos generalistas e especialistas diminuiu em termos reais entre 2010 e 2020", avança o relatório da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico (OCDE) e da Comissão Europeia (CE) que analisa vários indicadores de saúde no período da pandemia da covid-19.

Segundo o documento, em Portugal, que tem uma média de 4,5 clínicos por mil habitantes, a redução ocorreu entre 2010 e 2012 e, desde então, a remuneração dos médicos aumentou, mas manteve-se mais baixa em 2020 do que em 2010 em termos reais.

O relatório salienta que na maioria dos países europeus a remuneração dos médicos aumentou em termos reais (ajustada à inflação) desde 2010, mas a taxas diferentes entre países e diferenciada entre clínicos especialistas e sem especialidade.

"O aumento entre especialistas e generalistas tem sido particularmente forte na Hungria. O Governo húngaro aumentou substancialmente a remuneração de especialistas e generalistas na última década para reduzir a emigração de médicos e carências" de profissionais, refere a OCDE.

O documento indica ainda que o número de médicos nos países da União Europeia (UE) aumentou de cerca de 1,5 milhões em 2010 para 1,8 milhões em 2020, fazendo com que a média de clínicos por mil habitantes aumentasse, nessa década, de 3,4 para 4,0.

"Em 2020, a Grécia teve o maior número de médicos (6,2 por mil habitantes), seguido de Portugal (4,5), mas o número nestes dois países é uma sobreavaliação, uma vez que inclui todos os médicos licenciados para a prática, incluindo reformados e aqueles que poderiam ter emigrado para outros países, mas mantiveram a sua licença no país", explica o relatório.

A OCDE e a CE salientam também que, antes da pandemia, as abordagens políticas ao setor "não mudaram significativamente", com apenas uma média de 3% do total dos gastos em saúde destinados para a prevenção.

"Em 2020, a maioria dos países da UE aumentou substancialmente os seus gastos com a prevenção, pelo menos temporariamente, para financiar campanhas de testes, rastreios, vigilância e informação pública relacionadas com a pandemia", refere o documento.

"Uma das lições da pandemia é que maximizar a saúde das pessoas e minimizar a sua exposição a fatores de risco antes de uma crise é fundamental. A obesidade e as condições crónicas, como diabetes e problemas respiratórios, foram fatores de risco importantes para complicações graves e morte por covid-19", recordam a OCDE e a CE.

O relatório refere ainda que se verificam "grandes variações" no nível e no crescimento das despesas de saúde em toda a Europa.

Com uma despesa de 4.997 euros por pessoa, a Suíça foi quem mais gastou na Europa, seguida da Alemanha (4.831 euros).

Os níveis de despesa nos Países Baixos, na Áustria e na Suécia também estavam muito acima da média ponderada da UE, de 3.159 euros, salienta o documento, ao apontar que, no outro extremo da escala, a Roménia, a Croácia e a Bulgária eram os países com menor despesa na UE, abaixo de metade da média da EU.

Em 2020, 10,9% do PIB da União Europeia foi dedicado aos cuidados de saúde.

Leia Também: Inflação? "Corte real" no poder de compra dos portugueses, diz PCP

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