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Tarifa social de energia. Solução "não prejudicará nenhum consumidor"

O ministro do Ambiente assegura que o Governo está a trabalhar numa solução para o financiamento da tarifa social de energia, depois de a Comissão Europeia ter pedido esclarecimentos a Portugal sobre este tema. 

Tarifa social de energia. Solução "não prejudicará nenhum consumidor"
Notícias ao Minuto

08:28 - 29/11/22 por Notícias ao Minuto com Lusa

Economia Duarte Cordeiro

O ministro do Ambiente, Duarte Cordeiro, disse na segunda-feira que o Governo está a trabalhar numa solução sobre o financiamento da tarifa social de energia, acrescentando que esta não prejudicará "nenhum consumidor". A reação do Governo surge depois de a Comissão Europeia ter pedido esclarecimentos a Portugal sobre o financiamento desta medida. 

"O que importa que se perceba é que qualquer solução que vamos encontrar não prejudicará nenhum consumidor relativamente ao benefício da tarifa social [de energia]. Estamos a falar só do financiamento desta medida e se é financiada da forma que nós conhecemos até agora ou se é financiada de uma forma mais alargada do ponto de vista dos produtores e das várias entidades do mercado", disse Duarte Cordeiro, em declarações transmitidas pela SIC Notícias.

A Comissão Europeia está a aguardar "novos esclarecimentos" de Portugal sobre o modelo de financiamento da tarifa social de energia, após um pedido de verificação feito pela EDP em 2020 alegando caráter discriminatório, informou fonte comunitária.

Fonte comunitária indicou à agência Lusa que "a Comissão tem estado em contacto com as autoridades nacionais para avaliar a queixa da EDP sobre a tarifa social". "Na sequência dos contactos entre a Comissão e o Governo português, a Comissão aguarda novos esclarecimentos de Portugal", adiantou a mesma fonte.

Na semana passada, a EDP disse à Lusa que a Comissão Europeia confirmou o caráter discriminatório do modelo de financiamento da tarifa social de energia, em resposta ao pedido de verificação feito pela empresa em 2020.

"Na sua resposta, a Comissão Europeia reconhece a legitimidade das questões que têm sido levantadas e confirma o caráter discriminatório do modelo de financiamento da tarifa social em Portugal, em vigor desde 2010, não seguindo este as orientações europeias a este respeito", disse na altura fonte oficial da EDP.

Segundo a elétrica, na resposta, o executivo comunitário recordou ainda "o acórdão do Tribunal Europeu de Justiça sobre um tema de idêntica natureza, envolvendo a Viesgo e outras empresas espanholas, cujas conclusões também se aplicam a Portugal, atendendo ao caráter discriminatório".

A EDP reiterou que é "favorável à existência de uma tarifa social, mas discorda do atual modelo de financiamento", em que cabe às empresas suportar o custo da medida.

A elétrica anunciou, em 29 de outubro de 2020, que iria pedir à Comissão Europeia uma análise sobre o mecanismo de financiamento da tarifa social a cargo dos produtores, uma vez que, desde 2011 até então, foi imputado à elétrica um custo superior a 460 milhões de euros.

"A EDP decidiu, na sequência da análise periódica de litigância, que irá suscitar junto da Comissão Europeia a análise da conformidade relativamente ao futuro do mecanismo de financiamento da tarifa social, a cargo dos produtores em regime ordinário, face às normas e princípios da União Europeia", lia-se num comunicado com resultados do terceiro trimestre daquele ano remetido à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários.

A tarifa social de energia garante um desconto de 33,8% sobre as tarifas de venda a clientes finais para agregados com dificuldades financeiras, tendo sido alargada, em 2020, às situações de desemprego.

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