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Produção de seguros em Portugal sobe 38% em 2021 para 12.400 milhões

A produção global das empresas de seguros em Portugal aumentou 38%, para 12.400 milhões de euros, em 2021 face a 2020, invertendo a quebra dos dois anos anteriores sobretudo impulsionada pelo ramo Vida, divulgou hoje o regulador.

Produção de seguros em Portugal sobe 38% em 2021 para 12.400 milhões
Notícias ao Minuto

10:48 - 04/10/22 por Lusa

Economia Segutos

Segundo o Relatório do Setor Segurador e dos Fundos de Pensões, publicado pela Autoridade de Supervisão de Seguros e Fundos de Pensões (ASF), "a produção global de seguro direto das empresas de seguros sob supervisão prudencial da ASF exibiu uma recuperação de 38% durante o exercício de 2021, para 12.400 milhões de euros, invertendo a tendência negativa a que se assistiu nos dois anos precedentes".

Segundo salienta, "esta evolução foi materialmente influenciada pelo comportamento do ramo Vida que, após dois anos consecutivos de quebra, registou, em 2021, um aumento de 73,1%, alcançando um nível de produção próximo do registado em 2018", numa recuperação "justificada pela captação de um maior volume de investimento/poupança através de produtos de seguros ligados a fundos de investimento ('unit linked')".

Já a produção dos ramos Não Vida "manteve o padrão contínuo de crescimento registado nos últimos anos, com uma variação de 6% em 2021 face ao ano anterior".

Quanto ao resultado técnico do mesmo conjunto de empresas de seguros, aumentou em 2021 pelo segundo ano consecutivo, para 831,3 milhões de euros.

Para este incremento contribuiu, segundo a ASF, quer o resultado da conta técnica do ramo Vida, que foi superior em 144,5 milhões a 2020, quer o resultado da conta técnica dos ramos Não Vida, que registou uma variação positiva de 78,9 milhões de euros.

No que respeita à situação financeira e patrimonial das empresas de seguros, registaram-se "variações comedidas" dos valores globais do ativo e do passivo, tendo o ativo apresentado um decréscimo, enquanto o passivo registou um "ligeiro aumento", conduzindo a uma diminuição da situação líquida de 1,5% face ao ano anterior.

No que concerne à posição de solvência, a ASF nota que "o setor segurador nacional evoluiu favoravelmente durante o exercício de 2021, com o rácio global de cobertura do requisito de capital de solvência (SCR) a expandir 14,2 pontos percentuais face ao final do ano transato, para 206,9%, e o rácio global de cobertura do requisito de capital mínimo (MCR) a aumentar 39,1 pontos percentuais, fixando-se em 576,2%".

"Em ambos os casos -- detalha -- o crescimento é justificado pela evolução positiva dos fundos próprios elegíveis para a sua cobertura, e impulsionado, sobretudo, pelo conjunto das empresas mistas, mas também pelas empresas a operar exclusivamente no ramo Vida".

Em relação à mediação de seguros, assistiu-se em 2021 a uma nova quebra do respetivo número, para um total de 11.932 mediadores no final do ano, "acentuando-se a tendência decrescente observada desde 2008".

Já o total de remunerações auferidas pelos mediadores de seguros variou em sentido contrário, com um aumento de 3,3% face ao ano anterior, para 1.068 milhões de euros.

No setor dos fundos de pensões, a ASP reporta que o montante global de ativos sob gestão ultrapassou os 24.000 milhões de euros no final de 2021, mais 4,7% face a 2020, "consolidando a tendência ascendente verificada desde 2019".

Quanto à soma das contribuições e transferências para fundos de pensões, assistiu-se a um decréscimo pelo segundo ano consecutivo, para 1.414 milhões de euros, "refletindo a redução das contribuições para os fundos de pensões profissionais, já que as contribuições para os fundos que financiam planos individuais continuaram a exibir uma tendência crescente".

Relativamente ao nível de financiamento dos planos de pensões de benefício definido, "verificaram-se melhorias, quer ao nível do cenário de financiamento, quer do cenário do mínimo de solvência, para 102,4% e 109,5%, respetivamente, sendo que, "em ambos os cenários, o incremento deveu-se à redução, em termos globais, do valor das responsabilidades, paralelamente ao aumento da quota-parte de ativos afeta ao seu financiamento".

Nos Planos Poupança-Reforma (PPR), o montante total investido registou um aumento "comedido" de 0,6%, contrariando a tendência negativa do ano anterior e fixando-se em 21.200 milhões de euros.

A ASF explica que este incremento "reflete o crescimento dos PPR sob a forma de fundos de investimento e de fundos de pensões, capaz de mitigar a quebra verificada nos PPR sob a forma de seguros de Vida".

No mesmo sentido, houve uma retoma do volume total de prémios e contribuições para um nível próximo ao registado em 2019, atingindo-se 3.700 milhões de euros, "refletindo a evolução positiva em todos tipos de veículos de financiamento subjacentes".

Numa mensagem constante do relatório, a presidente da ASF refere que 2021 "foi marcado por uma conjuntura macroeconómica de elevada incerteza a nível global, dadas as expectativas de recuperação económica face aos danos causados pela pandemia de covid-19", salientando que, ainda assim, "os principais indicadores de desempenho da atividade seguradora e de gestão de fundos de pensões apresentaram uma tendência global positiva ao longo do ano".

Conforme destaca Margarida Corrêa de Aguiar, "esta evolução foi motivada, essencialmente, pelo crescimento registado no ramo Vida, refletindo a forte aposta na oferta de produtos de Vida Ligados, com os ramos Não Vida a manterem uma trajetória ascendente".

"Registaram-se ainda melhorias ao nível da rendibilidade e solvabilidade do setor segurador, com ambos os segmentos de negócio Vida e Não Vida a registarem aumentos dos seus resultados técnicos, e com o crescimento do nível do rácio global de cobertura do requisito de capital de solvência", acrescenta.

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