O ministro das Finanças, Fernando Medina, disse esta sexta-feira que o pacote anti-inflação, que prevê medidas de apoio para as famílias, é o "mais vasto e ambicioso de que há registo", justificando que é "transversal" e "chegará a todos os portugueses, dos mais vulneráveis à classe média".
Numa intervenção na Assembleia da República, Medina reiterou que o 'Famílias Primeiro' é um "plano eficaz, abrangente, oportuno e prudente".
O ministro das Finanças reafirmou também que a economia portuguesa vai crescer mais de 6% este ano, em linha com o que tinha já adiantado na quarta-feira.
"Além de tudo isto, temos as contas certas", afirmou, acrescentando que Portugal cumprirá as metas orçamentais. "Vamos conseguir tirar Portugal do pódio dos países mais endividados da União Europeia. Esta é a melhor forma de proteger as famílias", concluiu.
O Parlamento debate, esta sexta-feira, a proposta do Governo que contempla três das medidas de mitigação do impacto da subida dos preços, nomeadamente a que estabelece para 2023 uma atualização das pensões diferente da que resulta da lei em vigor.
A proposta do Governo determina assim que, no próximo ano, as pensões sejam aumentadas em 4,43% quando o seu valor é igual ou inferior dois Indexantes de Apoios Sociais (IAS), em 4,07% quando está balizado entre dois e seis IAS e em 3,53% entre seis e 12 IAS.
Do pacote de medidas aprovado na semana passada esta é das que tem gerado mais críticas junto da oposição, que tem acusado o Governo de estar a fazer um "truque" e a aplicar um "corte" nas pensões pelo facto de estar a reduzir base sobre a qual será feito o aumento de 2024, face ao que sucederia se a lei de atualização das pensões fosse aplicada em 2023 tal como decorre da lei em vigor.
[Notícia atualizada às 10h31]
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