EUA vencem "competição económica do século" com lei de semicondutores
O Presidente dos Estados Unidos da América (EUA), Joe Biden, promulgou hoje a nova lei de estímulo à produção de semicondutores, que considerou impulsionar o país na "competição económica do século XXI".
© SAUL LOEB/AFP via Getty Images
Economia EUA
Aprovada pelo Congresso norte-americano na semana passada, a lei, que prevê a libertação de 52 mil milhões de dólares (51 mil milhões de euros) em subsídios para reativar a produção de semicondutores nos Estados Unidos, foi hoje promulgada formalmente por Biden, um 'trunfo' político a poucos meses das eleições intercalares (agendadas para novembro) nas quais estará em jogo o controlo das duas câmaras do órgão legislativo (Senado e Câmara dos Representantes).
Falando na Casa Branca no ato formal de assinatura da lei, Biden disse que os investimentos previstos na lei ajudarão o país a ganhar "a competição económica do século XXI".
A ambiciosa lei de política industrial aprovada pelo Congresso contempla um investimento total de 280.000 milhões de dólares (274.741 milhões de euros), dos quais 52.700 milhões de dólares destinam-se a fomentar a construção e ampliação de unidades nacionais de semicondutores com subsídios e créditos adicionais.
Além de subvenções para relançar a produção de semicondutores, a lei prevê montantes suplementares para investigação e desenvolvimento.
Após a votação no Congresso, Biden já havia afirmado que a nova lei "vai diminuir os custos da vida quotidiana, criar no país empregos industriais bem remunerados e reforçar o lugar de líder dos EUA na indústria do futuro".
A economia global está a ser afetada desde 2020 pela escassez de semicondutores provocada, em parte, pelos efeitos da pandemia de covid-19, as tensões comerciais entre a China e os EUA e fatores climáticos.
Em comunicado, a Casa Branca revelou hoje que, graças ao "estímulo" desta lei, a Micron e a Qualcomm vão investir 44.2 milhões de dólares (43.369 milhões de euros) na produção de 'chips' nos EUA.
A Micron irá investir 40 mil milhões de dólares (39.248 milhões de euros, à taxa de câmbio atual) na ampliação da fábrica que a GlobalFoundaries já tem no Estado de Nova Iorque para produzir microprocessadores.
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