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Confiança dos consumidores na Alemanha cai em julho para mínimo histórico

A confiança dos consumidores continua a cair na Alemanha e as previsões para julho, depois da breve pausa do mês anterior, marcam um novo mínimo histórico devido à guerra na Ucrânia e ao aumento da inflação, foi hoje anunciado.

Confiança dos consumidores na Alemanha cai em julho para mínimo histórico
Notícias ao Minuto

10:37 - 28/06/22 por Lusa

Economia GfK

Num comunicado hoje divulgado, a consultora Society for Consumer Research (GfK) prevê uma queda de 1,2 pontos do indicador de confiança, que passou de 26,2 pontos negativos em junho para 27,4 pontos negativos em julho.

O indicador de confiança dos consumidores GfK de julho foi realizado entre 02 e 13 de junho junto de quase 2.000 inquiridos.

Desde o início da série histórica para a Alemanha como um todo em 1991, o indicador nunca tinha atingido um valor tão baixo como este de julho.

Tanto as expectativas económicas e de rendimentos como a propensão para comprar têm de registar perdas.

"A guerra em curso na Ucrânia, bem como as perturbações nas cadeias de abastecimento estão a fazer disparar os preços da energia e dos alimentos em particular e, como resultado, o clima de consumo é mais sombrio do que nunca", explica Rolf Bürkl, especialista em consumo da GfK.

Bürkl acrescenta que, "acima de tudo, o aumento do custo de vida, atualmente quase 8%, está a pesar fortemente sobre o sentimento do consumidor, que está a cair a pique".

Além do fim da guerra na Ucrânia, é crucial para uma mudança sustentável do clima de consumo que as elevadas taxas de inflação sejam de novo reduzidas.

Isto depende principalmente de o Banco Central Europeu (BCE) acompanhar o processo com uma política monetária adequada.

No entanto, estas medidas devem ser cuidadosamente ponderadas para não empurrar a já perturbada economia alemã para a recessão através de uma política monetária excessivamente restritiva, salienta a consultora.

Os consumidores continuam a considerar que há um risco significativo de a economia alemã entrar em recessão, depois de uma breve recuperação em maio, as perspetivas económicas caíram novamente este mês e o indicador correspondente perdeu 2,4 pontos, para 11,7 pontos negativos, o que se traduz em menos 70 pontos do que no mesmo período do ano passado.

Os problemas da cadeia de abastecimento e a guerra na Ucrânia estão atualmente a dificultar a produção na Alemanha, agravados pela ameaça de que a alta inflação irá corroer o consumo privado como um importante pilar do crescimento económico.

Entretanto, as expectativas de rendimentos continuam o declínio acentuado, com o aumento do mês anterior a revelar-se apenas uma breve pausa.

O indicador correspondente perdeu 9,8 pontos para 33,5 pontos negativos, o valor mais baixo em quase vinte anos -- quando atingiu 35,5 pontos negativos em dezembro de 2002 -- e 68 pontos mais baixo do que há um ano.

Taxas de inflação de quase 8% não só afetam o sentimento dos consumidores, como também fazem desaparecer o poder de compra das famílias.

Como resultado, os meios financeiros poupados nos últimos dois anos durante os dois confinamentos parciais da vida pública para conter a pandemia provavelmente não se traduzirão em compras e aquisições na medida esperada, o que terá um impacto na economia alemã nos próximos meses.

Face ao declínio das expectativas económicas e de rendimentos, a propensão para comprar também sofreu, com o indicador correspondente a perder 2,6 pontos para 13,7 pontos negativos.

A última vez que um valor mais baixo -- 20,1 pontos negativos -- foi atingido foi durante a crise económica e financeira em outubro de 2008.

O declínio do poder de compra em resultado da inflação também se faz sentir cada vez mais na propensão para o consumo: se as famílias tiverem de pagar muito mais por energia e alimentos, haverá consequentemente menos recursos disponíveis, especialmente para compras de maior dimensão.

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