Assim, a Caixa Geral de Depósitos (CGD) "realizou hoje uma emissão "Verde" de dívida sénior preferencial ('senior preferred'), no montante de 300 milhões de euros, com o prazo de quatro anos e possibilidade de reembolso antecipado ao fim de três anos, e um cupão de 2,875%", destacou, a mesma nota.
Esta emissão "insere-se no plano de financiamento definido para o cumprimento dos requisitos de MREL ('Minimum Requirements for own funds and Eligible Liabilities'), sendo a terceira colocada nos mercados de dívida internacionais para este fim, após a emissão de dívida sénior não preferencial realizada em novembro de 2019 e a de dívida sénior preferencial em setembro de 2021", indicou o banco público.
De acordo com a CGD, "a emissão foi colocada exclusivamente junto de investidores institucionais", sendo que "recebeu ordens de investidores provenientes de 12 países diferentes".
"Na distribuição geográfica da colocação junto dos investidores destacaram-se França (21%), Espanha (20%), Portugal (14%), Alemanha (11%) e Reino Unido (10%)", referiu a CGD, detalhando que "por tipo de investidores salienta-se os fundos de investimento, que tomaram cerca de 80% do total da emissão" e que "a característica Sustentável da emissão permitiu atrair o interesse de investidores ESG que representaram 78% da alocação da emissão".
No mesmo comunicado, a CGD indicou que "a emissão terá um 'rating' expectável de 'investment grade' pela Moody's Investor Services, Fitch Ratings e DBRS Morningstar".
De acordo com a instituição financeira, a operação "tem a particularidade de ser a primeira emissão "Verde" realizada pela Caixa; i.e., direciona os fundos captados para o financiamento de operações de crédito nos domínios ambientais; neste caso, promovendo a eficiência energética ao financiar habitações com certificado energético das classes A+, A e B".
Ainda de acordo com a CGD, "trata-se da segunda emissão com características ESG da Caixa, prosseguindo a concretização dos compromissos assumidos no domínio do financiamento sustentável, criando valor para os seus clientes e reduzindo o impacto ambiental da sua atividade".
Hoje de manhã, numa apresentação a investidores divulgada no 'site' da Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM), a CGD disse que "continuar a diversificar as fontes de financiamento e a base de investidores" e "aplanar o perfil de maturidade da dívida" são alguns dos racionais na base da emissão.
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