A potência do Golfo, um dos principais exportadores de petróleo do mundo e onde Shehbaz Sharif chegou a estar exilado, apoia o Paquistão, com os dois países a promoverem parcerias no setor militar e de inteligência.

A visita do governante paquistanês pretende "renovar e reafirmar os laços de fraternidade e amizade", referiu Sharif numa publicação divulgada na rede social Twitter antes de voar para Medina, no oeste da Arábia Saudita.

Sharif tem encontros marcados com vários líderes sauditas e deve visitar o "mausoléu do profeta Maomé para rezar lá", divulgou a agência de notícias Spa.

O novo chefe de governo no Paquistão assumiu o cargo no início de abril, depois do seu antecessor, Imran Khan, ter sido derrubado por uma moção de censura, uma situação inédita na história do país.

O Paquistão enfrenta uma económica afetada por uma moeda fraca, inflação galopante e uma dívida pública esmagadora.

Na visita à Arábia Saudita, Sharif está acompanhado do seu ministro dos Negócios Estrangeiros, Bilawal Bhutto Zardari, filho da ex-primeira-ministra Benazir Bhutto, assassinada em 2007.

Os encontros de alto nível irão concentrar-se na "promoção de laços económicos, comerciais e de investimentos, bem como oportunidades para a mão-de-obra paquistanesa", realçou o Ministério dos Negócios Estrangeiros do Paquistão.

A Arábia Saudita abriga mais de dois milhões de imigrantes paquistaneses, segundo o governo de Sharif.

O reino saudita tem vindo a apoiar a economia paquistanesa nos últimos anos, no valor de milhares de milhões de dólares em ajuda e crédito.

Segundo o analista político saudita, Ali Shihabi, a família Sharif sempre teve boas relações com o reino.

Shehbaz Sharif é o irmão mais novo de Nawaz Sharif, três vezes primeiro-ministro antes de ser deposto em 2017 por um alegado caso de corrupção e que desde então vive exilado no Reino Unido.

Nawaz, Shehbaz e outros membros da família estiveram exilados na Arábia Saudita em 2000, um ano depois de Nawaz Sharif ter sido derrubado por um golpe de Estado e só regressaram ao Paquistão em 2007.

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