CCT da Petrogal defende que Galp deve rever política de dividendos

A Comissão Central de Trabalhadores (CCT) da Petrogal, empresa de refinação detida pela Galp, defendeu hoje que a administração deve rever a política de dividendos de "uma forma ajustada à realidade" do grupo e do mercado.

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© Galp Energia

Lusa
27/04/2022 18:39 ‧ 27/04/2022 por Lusa

Economia

Galp

"A CCT considera que a administração deve rever a política de dividendos de uma forma ajustada à realidade da empresa/grupo e do mercado, de modo a garantir o seu futuro porque a atual política está comprovadamente errada e muito para lá das reais capacidades da empresa/grupo", apontou, em comunicado.

Para os trabalhadores, o "irrealismo prosseguido pela Administração" nos últimos anos não tem em conta os interesses da Galp, dos trabalhadores e do país.

A assembleia-geral de acionistas da Galp realiza-se esta semana e a CCT antevê que seja aprovada a proposta de distribuição de dividendos, que considera que "não cumpre as regras" que tinham sido determinadas.

Segundo o mesmo documento, a regulamentação introduzida no ano passado "foi um reconhecimento pela Administração da falta de critério", pelo que a atual situação é "ainda mais descabida".

Conforme explicou, a questão prendia-se com a retirada de verbas superiores ao 'free cash flow' gerados em 2020 e 2021, quando a dívida líquida aumentou 923 milhões de euros.

"Se o problema se colocou naqueles anos por falta de critério, atualmente, há uma agudização do problema por incumprimento das regras estabelecidas pela própria administração e é também ela a autojustificar a falta cometida", alertou.

Os trabalhadores referiram que a administração não cumpriu o rácio de dívida líquida/EBITDA (RCA), nem a regra do dividendo ser inferior a um terço do 'cash flow' das atividades operacionais.

A CCT disse ainda que a empresa alterou esta última regra para colocar o 'cash flow' operacional ajustado como referência e "forçou a atribuição de um dividendo extraordinário" de 150 milhões de euros, a somar aos 0,50 euros por ação.

"A administração utiliza um argumento com que pretende obviar a verdade dos números e não justifica a distribuição de um dividendo extra como proposto agora, mesmo que no próximo ano, a variável que agora causa um impacto negativo nas tontas tenha um impacto equivalente, mas positivo", referiu.

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