O Conselho de Administração da AdC, na terça-feira, deliberou adotar uma decisão de não oposição à operação de concentração entre a MásMóvil Ibercom e a Cabonitel, concluindo não ser "suscetível de criar entraves significativos" à concorrência efetiva no território nacional ou numa parte substancial deste.
A operação de concentração, notificada há cerca de um mês ao regulador da concorrência, resultou da compra pela MásMóvil Ibercom do controlo exclusivo sobre a Cabonitel, empresa portuguesa que detém 100% da Nowo Communications, entidade que opera sob a marca Nowo em Portugal, prestando serviços de televisão por subscrição, de internet e telefone fixo e serviços móveis de telefone, mensagens, dados e acesso à internet.
A MásMóvil Ibercom, no aviso publicado na página da AdC, é descrita como a empresa-mãe de um grupo de comunicações eletrónicas e de tecnologias de informação em Espanha, que presta serviços de telefone fixo, móvel e de Internet em banda larga através das marcas Yoigo, MásMóvil, Euskatel, Virgin Telco, Pepephone, Llamaya e Lebara.
A decisão de não oposição da AdC surge após o grupo de telecomunicações espanhol ter celebrado, em novembro de 2020, um acordo para a compra da Oni à Gigas Hosting, operação avaliada em 40 milhões de euros, segundo revelou na altura a empresa.
Com esta operação, a Másmóvil passou a ser o único acionista da Nowo, que concorreu ao leilão de atribuição das licenças de quinta geração (5G) em Portugal e participou na construção da nova rede de fibra ótica em Portugal.
A Másmóvil entrou no mercado português em 2019, com a compra aos fundos da norte-americana KKR, em conjunto com a GAEA, da Cabonitel, dona da Nowo e da Oni.
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