Costa do Marfim será um "grande" produtor de petróleo a partir de 2023
O Presidente da Costa do Marfim, Alassane Ouattara, declarou hoje que o seu país se tornará um "grande" produtor de petróleo a partir de 2023, após a descoberta, em setembro, de hidrocarbonetos que serão explorados pela empresa italiana Eni.
© REUTERS/Eric Gaillard/Pool
Economia Petróleo
"A exploração começará nos próximos meses. De 2023-2024 a Costa do Marfim será um produtor de petróleo a um nível significativo", anunciou o chefe de Estado , na assinatura dos acordos com a empresa petrolífera italiana.
Saudando a rapidez com que o Governo da Costa do Marfim deu luz verde, o presidente executivo (CEO) da Eni, ??Claudio Descalzi, confirmou que "a primeira produção" deste campo será em 2023.
A Costa do Marfim anunciou, em setembro, que tinha feito uma "grande descoberta" de petróleo e gás natural ao largo da sua costa, no leste do país.
O potencial do campo, chamado "Baleine", é elevado: 1,5 a 2 mil milhões de barris de crude e 1.800 a 2.400 mil milhões de pés cúbicos de gás associado.
Até agora, a Costa do Marfim tem sido um modesto produtor de hidrocarbonetos, com cerca de 30.000 barris por dia.
Não se sabe ainda quanto da produção será exportada, e quanto ficará para consumo interno.
Quando questionado sobre o assunto, Descalzi não deu um número, indicando simplesmente que se tratava de um contrato de partilha de produção, com a empresa Eni.
Durante a fase de exploração, a Eni controlou 90% do bloco CI-101, enquanto a Petroci Holding, que representa os interesses do Governo, controlava 10%.
O Presidente Alassane Ouattara congratulou-se com os acordos assinados com a Eni para se comprometer com a formação de engenheiros e gestores locais.
"Claro que há um aspeto financeiro, mas também há um de formação, que é muito importante" para o "emprego dos jovens", explicou o chefe de Estado.
Além da Eni, várias empresas internacionais, como a Total e a Tullow Oil, anunciaram grandes descobertas nos últimos anos no país, que tem 51 campos identificados, dos quais quatro estão em produção, 26 estão a ser explorados e 21 estão ainda livres ou em negociação.
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