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Suspensão na atualização da taxa de carbono custa 93 milhões

A suspensão da atualização da taxa de carbono em 01 de janeiro, para evitar aumentos nos preços dos combustíveis, irá custar 93 milhões de euros ao Governo, adiantou à Lusa o ministro do Ambiente, João Pedro Matos Fernandes.

Suspensão na atualização da taxa de carbono custa 93 milhões
Notícias ao Minuto

17:50 - 22/10/21 por Lusa

Economia Crise/Energia

O governante fez questão de esclarecer que a taxa de carbono não foi suspensa, mas que, até ao final de março, terá "o valor que tem este ano".

"A taxa de carbono tem um valor que está dependente da tonelada de carbono" nos leilões, sendo que, a partir de 01 de janeiro iria fixar-se um valor a partir da média dos três meses anteriores, explicou o ministro. 

"A média era de 23 euros por tonelada", indicou, o que corresponde a uma taxa de carbono de 0,5 cêntimos por litro. "O ano ainda não acabou, mas a nossa expectativa é que se fixe em 43 euros por tonelada", o que iria aumentar os preços dos combustíveis.

"O que vamos fazer por mais três meses é [aplicar] a taxa que se paga este ano", reforçou, indicando que "há um atrasar da atualização do valor da taxa de carbono".

Esta medida, salientou, custará 93 milhões de euros ao Estado, sendo que as restantes medidas aplicadas aos transportes públicos custam 12 milhões de euros.

Os táxis e autocarros a operar em Portugal irão receber, como medida de apoio ao aumento dos combustíveis, um 'cheque' de 190 euros e 1.050 euros respetivamente, disse à Lusa Matos Fernandes.

"Aquilo que está previsto para os autocarros e táxis é um desconto idêntico para aquele que é para os particulares, 10 cêntimos por litro, mas com limites muito diferentes", detalhou, indicando que "para os particulares são 50 litros por mês, para os táxis serão 380 litros por mês e para os autocarros 2.100 litros por mês".

De acordo com Matos Fernandes, "a medida aplica-se durante cinco meses e é paga por uma só vez e à cabeça", ou seja, o Governo vai "transferir para cada táxi 190 euros e para cada autocarro 1.050 euros" para assegurar "que o transporte coletivo e a oferta de transporte público se mantêm, sem necessidade de aumentos de preços provocados pelo aumento dos combustíveis".

O governante indicou ainda que este valor será pago por uma "transferência bancária à cabeça" e que "chegará às empresas donas dos táxis e autocarros ainda este ano, valendo até ao final de março".

A medida vigora entre 01 de novembro e 31 de março, indicou. 

Segundo o ministro, "não é preciso as empresas apresentarem nada", visto que o Governo tem, "no IMT [Instituto da Mobilidade e dos Transportes] o registo de todas as empresas e de todos os táxis e autocarros em funcionamento e, portanto, às matrículas que estiverem ativas será enviado este mesmo valor", salientou.

Além disso, indicou Matos Fernandes, o Governo decidiu "majorar em 20% as despesas com combustível que as empresas tiverem em sede de IRC", recordando que esta "é uma medida que aproveita apenas a quem paga IRC, ou seja quem tiver lucros no final do ano fiscal".

As famílias vão passar a receber, através do IVAucher, 10 cêntimos por litro de combustível até um limite de 50 litros por mês, anunciou hoje o ministro das Finanças, assinalando que a medida vai ser aplicada entre novembro e março.

A medida, de caráter extraordinário, visa mitigar o efeito da subida dos preços dos combustíveis, referiu João Leão, à entrada para a audição parlamentar no âmbito a apreciação na generalidade do Orçamento do Estado para 2022 (OE2022).

Leia Também: Governo quer OE "responsável", mas PSD diz que "não gerou confiança"

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