Apesar dos números terem ficado abaixo do esperado, o montante total do Produto Interno Bruto (PIB) ultrapassou pela primeira vez o do quatro trimestre de 2019, o último a não ser penalizado pela crise provocada pela pandemia de covid-19.
Os analistas antecipavam um crescimento a um ritmo anualizado de 8,5% entre abril e junho.
A evolução do crescimento económico em ritmo anualizado feita nos Estados Unidos compara o PIB do trimestre precedente e projeta a evolução para o ano inteiro.
O crescimento foi de 1,6% em comparação com o trimestre anterior, o cálculo utilizado na maioria dos países.
Os preços continuaram a subir e ao ritmo mais rápido desde 1982. A inflação acelerou para 6,4% no segundo trimestre, segundo o índice PCE, contra 3,8% nos três meses anteriores.
A inflação subjacente, que exclui os preços da alimentação e energia por serem os mais voláteis, foi a mais elevada desde 1975, em 6,1%, contra 2,7% no trimestre entre janeiro e março.
O presidente do banco central norte-americano, Jerome Powell, e instituições como o Fundo Monetário Internacional (FMI) têm afirmado que a inflação deve ser temporária, mas esta semana reconheceram que pode vir a ser mais forte e durar mais do que o previsto.
A reabertura da economia graças à vacinação e os milhões de dólares aprovados no Congresso para pagamentos às famílias estimularam o consumo nos Estados Unidos.
O PIB deverá crescer 6,7% este ano e 5% em 2022, segundo os serviços de orçamento do Congresso.
O FMI também reviu em alta a sua previsão de crescimento dos Estados Unidos, apontando para 7%, graças aos planos de relançamento já aprovados ou previstos.