Argentina renegoceia dívida de 2,4 mil milhões prestes a vencer
A Argentina chegou a um acordo com os seus credores do Clube de Paris que lhe vai permitir evitar falhar um pagamento a 31 de julho, anunciou hoje o ministro da Economia argentino, Martin Guzman.
© Twitter/ José Iniesta
Economia Argentina
"Alcançámos um acordo com o Clube de Paris para obter um atraso que nos vai permitir não ter que fazer face a uma situação de falhar um pagamento a 31 de julho", data-limite para o reembolso de 2,4 mil milhões de dólares (cerca de dois mil milhões de euros), disse o ministro em conferência de imprensa, citado pela AFP.
"Em vez de dever os 2,4 mil milhões de dólares como programado, vamos fazer vários pagamentos que ascendem a cerca de 430 milhões de dólares, o que vai permitir um alívio financeiro para a Argentina de dois mil milhões de dólares" no imediato, detalhou Guzman.
Os 2,4 mil milhões de dólares eram a última tranche de uma dívida que o país sul-americano já tinha renegociado junto dos credores do Clube de Paris em 2014.
Guzman adiantou que os novos prazos de pagamento ainda não foram definidos, mas que o primeiro vai ser feito a 31 de julho e o segundo em 2022.
O Clube de Paris é um grupo de Estados credores especializado em incumprimento de dívida pela renegociação bilateral de dívidas públicas.
Ao mesmo tempo, a Argentina continua a negociar com o Fundo Monetário Internacional (FMI), ao qual deve reembolsar nos próximos três anos 44 mil milhões de dólares (cerca de 37 mil milhões de euros), emprestados em 2018 ao anterior Governo de Maurício Macri.
"O nosso objetivo é chegar a um bom acordo, o mais rápido possível, mas a prioridade é que seja um bom acordo", insistiu o ministro da Economia da Argentina.
O presidente argentino, de centro-esquerda, Alberto Fernandez, fez em maio uma viagem pela Europa para procurar apoios a um adiamento do pagamento da dívida contraída junto do Clube de Paris e do FMI.
"A dívida, tal como existe atualmente, é impossível de pagar", declarou Fernandez antes dessa viagem.
A crise económica na Argentina, em recessão há três anos, agravou-se com a pandemia de covid-19, com uma quebra do PIB de quase 10% em 2020 e uma taxa de pobreza de 42%.
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