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Plataforma de conferência com boa adesão e alguns contributos bloqueados

A plataforma digital lançada em abril destinada à participação dos cidadãos na Conferência sobre o Futuro da Europa está a ter uma forte adesão, e os moderadores já tiveram de bloquear alguns contributos, revelou hoje a Comissão Europeia.

Plataforma de conferência com boa adesão e alguns contributos bloqueados
Notícias ao Minuto

12:24 - 04/05/21 por Lusa

Economia UE/Presidência

Num debate organizado pelo 'think tank' Centro de Estudos de Política Europeia (CEPS), a comissária Dubravka Suica, que representa a Comissão no Conselho Executivo da Conferência, sublinhou que, desde o lançamento da plataforma, em 19 de abril, "muitos cidadãos já aderiram" ao fórum, tendo sido registadas nos primeiros dois dias "mais de 90 mil visitas, num total de 300 mil visualizações de páginas".

A comissária acrescentou que "mais de cinco mil participantes já partilharam mais de mil ideias e organizaram 160 eventos por toda a Europa", sendo que à data de hoje, e de acordo com os dados disponibilizados na própria plataforma, o número de participantes já supera os sete mil e os eventos ascendem a 328.

Por outro lado, e recordando que a plataforma tem moderadores cuja função é prevenir a desinformação, o discurso de ódio e outras "interferências", a vice-presidente da Comissão com a pasta da Democracia e Demografia revelou que "até agora 35 contributos foram removidos e 52 estão a ser avaliados".

Por ocasião do lançamento da plataforma, Suica, num debate com a comissão de Assuntos Constitucionais do Parlamento Europeu, durante o qual foi questionada por vários deputados sobre como prevenir abusos no fórum dedicado aos cidadãos, já garantira que tudo estava a ser feito para prevenir a desinformação, o discurso de ódio e outras interferências, como os 'trols' (provocadores) ou 'bots' (aplicações para simular ações humanas).

Dubravka Suica -- a eleita pela Comissão para copresidir ao conselho executivo da Conferência, juntamente com a secretária de Estados dos Assuntos Europeus, Ana Paula Zacarias, em representação do Conselho da UE, e com o eurodeputado Guy Verhofstadt, pelo Parlamento -, sublinhou que há uma equipa de moderadores, nativos de todas as línguas oficiais da UE, que "vão monitorizar constantemente os conteúdos da plataforma".

A comissária garantiu que esta equipa de moderadores estará sempre operacional e pronta a intervir rapidamente quando forem detetados conteúdos inapropriados e destacou que qualquer utilizador, ou seja, qualquer cidadão que se tenha registado para participar na plataforma digital multilingue, pode sinalizar conteúdos ofensivos.

Por outro lado, apontou, foi criado um sistema de quotas para os utilizadores, "para evitar 'trols' ou 'bots'", e a equipa de moderadores, que trabalhará sob a supervisão do secretariado do conselho executivo, terá uma atitude "reativa e proativa".

Guy Verhofstadt, por seu turno, também disse que o objetivo é "manter a plataforma limpa, de discurso de ódio, teorias de conspiração e tudo o resto", embora não seja possível garantir que tal seja conseguido "a 100 por cento".

"Esperemos não cair nos mesmos problemas do senhor [Mark] Zuckerberg, porque a plataforma é um pouco o que o Facebook é para a sociedade", disse, estabelecendo um paralelo entre aquela rede social cofundada e presidida por Zuckerberg, e a plataforma digital, que classificou como "a rede social da conferência" ou o seu "volante".

Prevista originalmente para 'arrancar' em maio de 2020 e durar dois anos, a conferência foi adiada não só devido à pandemia da covid-19, mas também a diferenças em torno do modelo de governação deste fórum, que afinal prolongar-se-á por sensivelmente um ano, até à primavera de 2022.

A plataforma digital para os cidadãos foi disponibilizada ainda antes do lançamento formal da Conferência sobre o Futuro da Europa, previsto o próximo domingo, 09 de maio, Dia da Europa, em Estrasburgo, numa cerimónia híbrida, face à persistência da pandemia da covid-19.

A Conferência sobre o Futuro da Europa é presidida pelo primeiro-ministro, António Costa, porque exerce até 30 de junho a presidência rotativa do Conselho da UE, pelo presidente do Parlamento Europeu, David Sassoli, e pela presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen.

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