Além de Castello Branco, foram destituídos outros sete membros do Conselho de Administração, cujos substitutos deverão ser decididos na reunião, que se prolongará pela noite de segunda-feira no país sul-americano.
O novo Conselho terá a responsabilidade de eleger o próximo presidente da maior empresa do Brasil, que tem ações nas bolsas de valores de São Paulo, Nova Iorque e Madrid, apesar de ser controlada pelo Estado.
Ao Governo, na qualidade de acionista maioritário da petrolífera, compete a designação de sete dos 11 membros do Conselho de Administração, entre os quais foi nomeado o ex-ministro da Defesa Silva e Luna.
Bolsonaro propôs Silva e Luna como novo presidente da estatal, decisão que surpreendeu o mercado, provocou uma grave crise e a queda das ações da companhia.
A decisão de nomear um militar para a direção dessa empresa estratégica surgiu dias após o chefe de Estado criticar a política de preços da atual administração da Petrobras e gerou temores de que o líder da extrema-direita brasileira pretendesse intervir na companhia e abandonar a sua política liberal.
Bolsonaro, capitão da reserva do Exército, cedeu assim às pressões do setor dos camionistas, que ameaçavam com uma nova greve como a que paralisou o país em maio de 2018 caso os preços dos combustíveis continuassem a aumentar.
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