A manutenção da remuneração dos acionistas era um dos objetivos do plano estratégico apresentado em março de 2019, a par com a redução da dívida do grupo e o regresso dos lucros ao patamar dos 1.000 milhões de euros em 2022.
Na quinta-feira, a EDP apresenta aos investidores a atualização do plano estratégico para os próximos cinco anos, um mês depois de Miguel Stilwell de Andrade ter assumido a liderança do grupo energético, que deverá manter o foco no investimento nas renováveis.
A EDP informou hoje que os lucros subiram 56% para 801 milhões de euros em 2020.
Em comunicado à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM), o grupo liderado por Miguel Stilwell de Andrade referiu que, por sua vez, o resultado líquido recorrente "subiu 6%, em 2020, para 901 milhões de euros, suportado pelo crescimento da atividade de produção de energia renovável, que registou um aumento de 7% face a 2019, para os 47,3 TWh [terawatt-hora] de produção eólica, hídrica e solar".
O EBITDA do grupo (resultado antes de juros, impostos, depreciação e amortização) atingiu, no mesmo período, 3.950 milhões de euros, um aumento de 6% em relação a 2019.
Em dezembro do ano passado, "a dívida líquida da empresa totalizava 12,2 mil milhões de euros, representando uma redução de 11% face a dezembro de 2019", o que se traduziu numa redução de 1,6 mil milhões de euros.
A assembleia-geral de acionistas da EDP está prevista para 16 de abril.
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