Fernando da Silva, proprietário da rede de 20 táxis Corrotrans explicou à Lusa que era impossível "continuar a acumular perdas mensais de entre 5.000 e 7.000 dólares", notando que a empresa regressará ao serviço assim que a situação do país o permitir.
"Todas as nossas empresas do grupo Divita, incluindo a Corrotrans, enfrentam atualmente muitos desafios e problemas. Tentámos manter o serviço em operação, por causa dos nossos clientes, mas foi impossível", disse.
"O custo do combustível é elevado, os custos operacionais são elevados, estávamos a pagar 'per diem' aos funcionários e combustível e não tínhamos suficiente retorno", sublinhou.
Essa situação e as "queixas de alguns clientes" sobre alguns dos motoristas levaram a empresa a "suspender temporariamente a operação".
"Se a situação melhorar voltaremos a operar com nova gestão, e um novo sistema que possa garantir melhores benefícios. Não somos o Governo e não podemos continuar a perder dinheiro. Somos uma empresa e temos de sobreviver", disse.
Um dos motoristas disse à Lusa que o problema se devia a dívidas de combustível da empresa, informação desmentida por Fernando da Silva, que disse que o grupo proprietário da Corrotrans é proprietário de uma bomba de gasolina.
Além do impacto na Corrotrans, o grupo -- que representa a operadora aérea indonésia Citilink em Timor-Leste -- tem sido afetada igualmente pelo fecho das fronteiras, que obrigaram à suspensão de voos comerciais desde março do ano passado.
"Tem sido um ano muito difícil para o grupo. Trabalhamos na área de serviços e estamos a ter um grande impacto. Apesar disso, estamos a tentar manter os nossos mais de 100 trabalhadores, disse.
Os 'taxis azuis', como eram conhecidos, eram dos mais procurados pela higiene, segurança, sistema de marcação telefónica e por usarem taxímetro.
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