Quase 80% das empresas esperam manter empregos mas 15% preveem redução
Quase 80% das empresas esperam manter os postos de trabalho até ao final de abril, mas 15% prevê uma redução do número de trabalhadores, segundo os resultados de um inquérito apresentado hoje pela CIP -- Confederação Empresarial de Portugal (CIP).
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Economia CIP
O inquérito realizado entre os dias 04 e 12 de fevereiro, no âmbito do "Projeto Sinais Vitais", desenvolvido pela CIP em parceria com o Marketing FutureCast Lab do ISCTE, abrangeu 519 empresas, a maioria das quais micro e pequenas empresas.
"Em todas as empresas -- grandes, médias, pequenas e micro - existe uma expectativa de manutenção do número de postos de trabalho", sendo que "nas grandes empresas e nas médias a expectativa de aumento do número de postos de trabalho é superior à média nacional", conclui o estudo.
De acordo com os resultados, em média, 78% das empresas pretendem manter os postos de trabalho até final de abril, enquanto 15% anteveem uma redução e 7% um aumento de trabalhadores.
As expectativas de vendas das empresas para os primeiros meses de 2021 é, no entanto, negativa face ao mesmo período de 2020, com 53% dos empresários a esperarem uma diminuição e 16% um crescimento.
"Esta perspetiva negativa é sobretudo verificada nas micro empresas, com 63% a esperar um comportamento negativo das suas vendas (contra 60% no mês anterior)", lê-se no documento.
Já nas grandes empresas, segundo o estudo da CIP, a expectativa de crescimento é verificada em 38% das empresas inquiridas, registando-se "uma melhoria" face ao mês anterior.
"Em termos de investimento, a situação é bem pior do que nas componentes de vendas e de recursos humanos, o que é preocupante por poder hipotecar o médio/longo prazo", com 46% das empresas, em média, a preverem uma diminuição face a 2019.
Mas a quebra esperada no investimento varia com a dimensão das empresas, já que 51% das microempresas anteveem uma queda enquanto nas grandes essa percentagem é de 38%.
Aliás, 31% das grandes empresas esperam aumentar o investimento em 2021 face a 2019, apesar de 38% preverem uma queda.
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