"Este despedimento é inaceitável e os trabalhadores vão protestar contra ele no aeroporto de Lisboa para chamar a atenção para a injustiça de que estão a ser vítimas", disse a coordenadora do Sindicato dos Trabalhadores de Atividades Diversas (STAD), Vivalda Silva, à agência Lusa.
A multinacional dinamarquesa ISS Facility Services notificou no início de outubro 116 trabalhadores que asseguram a limpeza dos aviões da TAP em Lisboa de que iriam ser despedidos.
Desde então realizaram-se quatro reuniões entre a empresa e a comissão representativa dos trabalhadores, com o objetivo de evitar o despedimento ou reduzi-lo, o que não foi conseguido.
Segundo Vivalda Silva, a empresa não aceitou qualquer proposta para minimizar o prejuízo dos trabalhadores e mesmo em relação às indemnizações a pagar não houve entendimento.
A sindicalista explicou que a ISS pretende apenas contabilizar os salários base para o cálculo das indemnizações, que maioritariamente são de 640 euros, deixando de fora os subsídios de turno que variam entre os 200 e os 400 euros.
"Para alguns trabalhadores pode significar menos 5.000 euros e, por isso, aconselhamos a que não aceitem e impugnem o despedimento", disse Vivalda Silva.
A ação de protesto de 09 de dezembro vai ocorrer no aeroporto de Lisboa e conta com a participação dos trabalhadores da Securitas que ali desempenhavam funções e que também estão a ser alvo de despedimento coletivo.
As duas empresas usufruíram de apoios do Estado porque tiveram os trabalhadores em 'lay-off' simplificado durante quatro meses, devido aos constrangimentos económicos causados pela pandemia de covid-19.
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