A secretária-geral do Comité de Supervisão Bancária de Basileia, Carolyn Rogers, considera que é muito cedo para que os bancos recuem nas medidas adotadas por causa da pandemia. Defende, por isso, que os pagamentos de dividendos aos acionistas devem permanecer suspensos.
Em entrevista ao Financial Times, Rogers defende que os dividendos devem continuar suspensos até que o impacto de longo prazo da pandemia seja claro.
Quando a Covid-19 se começou a espalhar pela Europa e pelos EUA, os reguladores proibiram a distribuição de dividendos, de modo a garantir que os bancos tinham capital suficiente para continuar a emprestar às empresas com dificuldades, lembra o Financial Times.
Em julho, recorde-se, o Banco Central Europeu (BCE) prolongou a recomendação que dirigiu aos bancos para que não paguem dividendos nem recomprem ações até ao dia 1 de janeiro de 2021, de acordo com um comunicado emitido pela instituição.
Ficou prometido que, no quarto trimestre deste ano, a instituição liderada por Christine Lagarde faria uma nova avaliação para perceber se esta postura continuará a ser necessária por mais tempo.
