Análise da CMVM à relação entre Prisa e Pluris "mantém-se em curso"

A análise da CMVM à relação entre a Prisa e a Pluris, de Mário Ferreira, "mantém-se em curso", não sendo afetada pela alienação da posição detida pela empresa espanhola na Media Capital, disse hoje fonte oficial à Lusa.

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Lusa
16/09/2020 17:50 ‧ 16/09/2020 por Lusa

Economia

CMVM

 

Questionada pela Lusa sobre o ponto de situação da análise sobre a posição do empresário Mário Ferreira e eventual concertação na Media Capital, fonte oficial da Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM) disse que o "procedimento mantém-se em curso, não sendo afetado pela futura e eventual alienação da participação detida ainda pela Prisa no capital" da dona da TVI.

Mário Ferreira, dono da Douro Azul, comprou em maio, através da Pluris Investments, 30,22% da Media Capital por 10,5 milhões de euros e, na sequência desta operação, foi estabelecido um acordo parassocial com a Vertix (detida pela Prisa).

A Media Capital é detida pela Prisa através da Vertix.

Entretanto, em 04 de setembro, o grupo espanhol Prisa anunciou a venda da totalidade da sua posição na dona da TVI a vários investidores, por 36,85 milhões de euros.

Questionada sobre se a CMVM mudou o âmbito da análise na sequência da entrada de novos acionistas na Media Capital, fonte oficial da entidade supervisora salientou que se mantém "inalterado".

Na terça-feira, foi comunicado ao mercado que a 'holding' de construção e imobiliária IBG terá 11,9% da Media Capital e outros 5% serão subscritos por uma sociedade comercial que se encontra em processo de constituição, Pedro Mendes Ferreira, advogado.

Na semana passada, foram comunicados ao mercado o nome dos acionistas que representam 44% da Media Capital, a que se juntou na terça-feira mais 16,9%.

O grupo Triun, de Paulo Gaspar, filho do presidente da Lusiaves, contará com 20% da Media Capital, a sociedade Zenithodyssey, detida a 50% pela CIN, 18% pela Polopique e com o resto do capital divido por várias outras empresas, ficará com 16% da dona da TVI, e a Fitas e Essências, controlada por Stéphane Rodolphe Piccioto, da têxtil Confetil, adquiriu 3% da Media Capital.

Por sua vez, a entidade DoCasal Investimentos, da apresentadora e diretora de ficção e entretenimento da TVI, Cristina Ferreira, detém 2,5%.

Manuel Lemos de Ferreira Lemos, gestor ligado à área hospitalar, em Mirandela, adquiriu 2% do capital do grupo.

Estes investidores - que representam mais de 60% - juntam-se ao empresário Mário Ferreira, dono da Douro Azul, que em maio comprou, através da Pluris Investments, 30,22% da Media Capital por 10,5 milhões de euros.

Fica agora por conhecer quem detém os restantes cerca de 4% da Media Capital. O NCG Banco tem 5,05%, sendo que o capital disperso em bolsa ('free-float') é de 0,26%.

O prazo para a comunicação de participações qualificadas (acima de 2%) à CMVM e à sociedade visada é de quatro dias, tendo a sociedade visada de, no máximo, três dias adicionais para divulgar ao mercado.

"De acordo com o comunicado da Prisa [de 04 de setembro], é revelado que a venda a integralidade da sua participação (64,47%) envolve uma pluralidade de investidores. No entanto, o momento da celebração dos contratos pode não ter sido necessariamente o mesmo, pelo que terá que se aguardar por eventuais comunicações adicionais para se aferir a existência de outras participações qualificadas", disse fonte oficial do regulador, quando questionada sobre os prazos.

Já sobre como fica a Oferta Pública de Aquisição (OPA) lançada pela Cofina sobre a totalidade da Media Capital, fonte oficial da CMVM referiu que "a mesma seguirá os seus termos (dado não estar sujeita a qualquer condição quanto à manutenção da participação pela Prisa)".

Atualmente, "aguarda-se a determinação da contrapartida mínima por auditor independente", acrescentou a mesma fonte.

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