O estudo tem como objetivo "avaliar medidas e obras que possibilitem a melhoria das acessibilidades marítimas, de forma a permitir o acesso a navios com maiores dimensões, em melhores condições de segurança e em qualquer condição de maré".
Nos últimos anos o Porto de Aveiro tem beneficiado de melhorias na acessibilidade marítima, nomeadamente o prolongamento do molhe norte na embocadura da Barra.
Apesar de possuir uma extensa área de terraplenos que permitem a sua expansão, o Porto de Aveiro tem nas limitações da sua barra um problema crónico.
Aberta artificialmente no início do século XIX, a barra de Aveiro é de fundos arenosos e ao longo de décadas tem enfrentado problemas graves de assoreamento, exigindo a sua dragagem regular.
O estudo que vai ter início em setembro, com a participação da Universidade de Aveiro e realizado pelo Laboratório Nacional de Engenharia Civil, visa encontrar uma solução para franquear a entrada no Porto Aveiro a navios de maior calado, por um lado, e por outro preservar o equilíbrio ambiental necessário.
De referir que, após o prolongamento do molhe norte, começou a verificar-se uma maior amplitude de marés, com consequências na salinização dos terrenos agrícolas confinantes com a Ria de Aveiro.
A altura inferior das motas ou muros de proteção às marinhas de sal e aos campos e a sua degradação levou a que fossem facilmente transpostas pela água salgada.
