No comunicado enviado à Lusa, o presidente da APHORT, Rodrigo Pinto Barros, defendeu ser este "um momento para os empresários serem flexíveis e terem alguma criatividade", enfatizando o "enorme esforço de adaptação" determinado pela pandemia, para tornar possível, "por um lado, cumprir as novas regras do mercado e, por outro lado, ir ao encontro dos novos comportamentos dos clientes".
"O desafio que se coloca aos bares e´ o mesmo que foi colocado aos setores da hotelaria e da restauração, que tiveram de se reinventar e criar uma nova dinâmica de funcionamento, o que, em alguns casos, conduziu à criação de novas oportunidades de negócio", frisou o dirigente.
"Sob o ponto de vista do licenciamento, os bares estão classificados como estabelecimentos de bebidas, tal como os cafés, as cafetarias ou as casas de chá. Nalguns casos, vários bares estão também licenciados como estabelecimentos de restauração. Neste sentido, se os cafés, as cafetarias, as casas de chá e os restaurantes estão já abertos, a APHORT não vê razão para os bares não reabrirem também", argumentou Rodrigo Pinto Barros.
Assinalando que a "abertura de portas pode ser feita, respeitando as regras definidas para os estabelecimentos de restauração e bebidas", no que diz respeito à "limitação da lotação, à utilização exclusiva de lugares sentados - no interior e nas esplanadas - e observando o cumprimento do distanciamento social e do horário de funcionamento", frisou que os bares "podem ter música e servir bebidas, optar pelo tradicional serviço de cafetaria ou servir refeições".
O presidente da associação sustenta que as "circunstâncias excecionais" que o país atravessa "pedem medidas também elas excecionais" e disse acreditar ser "possível encontrar soluções que, mesmo com alguns condicionamentos, sejam uma alternativa mais interessante do que manter os bares encerrados", assinalando haver "exemplos desses no mercado".
"E´ nesse sentido que estamos a incentivar estes empresários a aceitar mais este desafio, sobretudo tendo em conta a indefinição de uma perspetiva que ainda se mantém, por parte do Governo, em torno do reinício da atividade relativa aos estabelecimentos de diversão noturna", disse o responsável.
Portugal contabiliza pelo menos 1.524 mortos associados à covid-19 em 38.089 casos confirmados de infeção, segundo o último boletim da Direção-Geral da Saúde (DGS).